2. RETIRAR UM PAR DE MEIAS ERA FÁCIL

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-Você quer descobrir? – cochichou Villanelle.

A loira não podia mais se controlar. Olhos oceânicos é o caralho, o único oceano em que ela gostaria de se afogar era no meio das pernas de Eve.

Depois do que a morena disse, V. arrastou-a pela gola da blusa numa velocidade tão grande que os lábios se chocaram com força. E, pra variar, não tinha dado tempo de fecharem os olhos. As duas riram, pois a cena em muito se assemelhava ao que tinha rolado no ônibus.

- Desculpa – disse a loira.

Eve tremeu. Aquele pedido de desculpas tinha sido o mais sexy do mundo. O sotaque da russa provocava pontadas no meio das suas pernas, ainda mais quando ela dizia algo assim tão pertinho da boca.

A morena respirou fundo afundando suas mãos na nuca de Villanelle, ambas respiravam rápido, era possível sentir a excitação no ar. Voltaram a se beijar, dessa vez com mais calma, degustando os lábios. Elas eram responsáveis pelo melhor beijo da história. Chegava a ser injusto com os outros seres humanos. O beijo falava por si, implorava por mais contato.

Villanelle desceu as mãos pelas coxas de Eve até chegar nas dobras, fazendo com que a mais velha se sentasse sobre o seu colo. Eve preferiu não desobedecer, cruzou as pernas atrás da mais nova. Os beijos continuaram, mas agora também percorriam queixos, pescoços e ombros.

Eve passeava as mãos pelas pernas e costas da loira, sentindo o detalhe do vestido. Como sempre, Villanelle estava maravilhosa, usava um vestido verde de mangas longas que mostrava, em parte, suas costas. Trançado em zigue-zague da nuca ao finzinho da coluna, era um convite irresistível, parecia implorar para ser desamarrado. A mais nova, percebendo sua intenção, assumiu o controle segurando suas mãos acima da cabeça:

- Não se atreva... Ainda. – sussurrou V.

As duas estavam pouco se fodendo se aquele era um ambiente de trabalho, se alguém aparecia do nada ou se poderiam ser vistas pelas janelas. Elas se engoliam há meses, era mais do que justo.

Não dava mais para esperar. As mãos de Villanelle já estavam dentro da blusa de Eve há alguns minutos, começara o passeio pela cintura, depois subiu os dedos pela barriga e agora apertava-lhe os seios. A pele de Eve estava deliciosamente arrepiada, mas a russa queria mais do que isso. Puxando a mais velha pelas laterais, V. arrancou sua blusa expondo aquele corpo que ela tanto desejava.

Eve era particularmente linda e usava um sutiã escuro que contrastava muito bem com o tom da sua pele. A mais nova imaginara tantas vezes aquela cena e, ainda assim, vê-la ali superava qualquer pensamento safado que já tivera. Os seios de Eve eram perfeitos e cabiam certinho nas mãos de Villanelle. A essa altura já dava pra sentir muito bem o bico dos seus seios como um semáforo, pedindo para que ela se demorasse um pouco mais. Villanelle que não obedecia ninguém, obedeceu àquele sinal. Puxara uma das alças com a boca, escorregando-a pelo ombro, enquanto a outra alça ela enroscava e puxava com os dedos, soltando o fecho do sutiã atrás. Eve gemeu como se suplicasse por algo.

Os lábios de Villanelle percorriam os seios de Eve, ora sugando, ora mordendo os mamilos de leve. A loira estava tão concentrada que mal percebeu as mãos de Eve empurrando seu vestido e abrindo passagem por entre suas pernas. Villanelle levantou a cabeça e com uma das mãos segurou o rosto de Eve, fitando aqueles olhos castanhos. A coreana, por sua vez, mantinha uma das mãos entre as pernas de V., mas a outra seguia livremente pelas madeixas da loira, desfazendo aquele lindo coque. Os cabelos dourados de Villanelle cheiravam à flor de laranjeira e baunilha.

O sofá parecia ter diminuído de tamanho e a morena exigiu que elas trocassem de lugar. Antes de sentar no colo de Eve, Villanelle desamarrou seus sapatos. Ela usava um coturno preto de cano baixo, enquanto a coreana estava apenas de meia, pra variar ela havia tirado o tênis antes mesmo da chegada de V. ao escritório. Retirar um par de meias era fácil.

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