Capítulo 17: Natal

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 A véspera de natal amanheceu cinza, fria e um tanto chuvosa; se fosse qualquer outro dia seria deprimente, mas como era véspera de natal - e aniversário de Louis -, acordaram animados, especialmente Caleb, que pulava aos pés da cama de Louis gritando que era natal e aniversário. Não houve exatamente um susto por parte do mais velho, já que seu filho fazia isso desde que aprendera a entender datas, além do fato dele não ser exatamente silencioso ao acordar - um Tomlinson, afinal -, por isso Louis já estava acordado quando o pequeno começou a gritar e pular.

Depois de conseguir controlar a empolgação do filho, Louis e ele tomaram um bom banho de banheira juntos, jogando sabão para todo lado, o que fez com que Louis pisasse em ovos para sair do banheiro sem sofrer algum acidente, e então seguiram para a cozinha, dispostos a cozinhar tudo o que tivessem vontade de cozinhar. Louis pegou do armário os mais diversos ingredientes, colocando-os todos sobre o balcão, na frente de Caleb, que estava sobre um banquinho para poder enxergar tudo, foi quando estava prestes a quebrar os ovos que o interfone tocou.

- Sim? - Louis atendeu com um sorriso, apontando um dedo acusador para o filho, que comia as gotas de chocolate que teoricamente deveriam ir para a massa de cookies.

- Senhor Tomlinson, feliz aniversário! - A voz do senhor John, o porteiro de sessenta anos do prédio soou empolgada. - O senhor tem presentes para receber.

- Obrigado, senhor John. Eu e meu grande e forte ajudante vamos descer para buscar os presentes. - Ouviu o grito empolgado do garoto e agradeceu o porteiro antes de desligar o interfone e vestir um casaco para sair, já que Caleb já tinha o seu sobre seu pequenos ombros.

Desceram pelo elevador cantarolando uma música infantil que estava tocando na rádio ligada no apartamento deles, com direito a uma pequena dancinha improvisada. Caleb apostou uma corrida até o porteiro, que, obviamente, ele ganhou já que: primeiro Louis o deixaria ganhar de qualquer forma e, segundo, Louis não tinha a menor condição de correr, tanto por estar proibido de fazê-lo quanto por estar pesado demais para qualquer movimento ágil.

- Bom dia senhor John! - Caleb cumprimentou assim que alcançou sua cabine, sorrindo para o homem de cabelos bem grisalhos, quase totalmente brancos.

- Ah, bom dia alegria do dia. - O senhor sorriu para si e bagunçou seus fios castanhos. - Olhe, é para você, mas não deixe seu pai ver. - Piscou um olho de forma divertida enquanto entregava para o garoto um pirulito.

- Obrigado, mas não posso ter segredos com o papai. - E dito isso, o garoto se virou com um sorriso largo e balançando o doce para Louis, que se aproximava. - Olha papai, o senhor John me deu.

- E você o agradeceu? - Tirou a franja do garoto de sua testa e sorriu quando ele concordou. - Obrigado por isso senhor John.

- Ah, não agradeça, ele é uma das melhores crianças desse prédio, se não a melhor. - O senhor respondeu prontamente, logo o fitando com certa apreensão. - Bem, não conte isso aos outros pais. - Louis riu e concordou. - Bem, aqui estão seus presentes. - O senhor lhe apresentou um canto do local, onde havia uma cesta generosa de café da manhã, um grande buquê de rosas vermelhas ornamentado com gipsófilas brancas e preso com um lindo laço verde, uma caixa de bombons e um urso de pelúcia branco com uma jaqueta jeans estilizada com os dizeres "Tomlinson's clan" que o fez rir.

- Nossa... Eu... Como eu vou levar tudo isso? - Riu com a surpresa de tantos presentes. - Brotinho, hora de por a mão na massa. - Louis pegou o urso de pelúcia, que tinha a metade do tamanho de Caleb, e a caixa de chocolates e deixou nos braço da criança.

- Precisa de ajuda, senhor? - O porteiro perguntou com um olhar um tanto exasperado.

- Não, está tudo bem, o senhor não pode deixar seu posto, ou haverá reclamações... - Louis lhe lançou um olhar e ambos riram ao lembrar do episódio em que uma morada armou um grande escândalo pelo porteiro não estar em seu lugar, sendo que o pobre homem apenas tinha ido ao banheiro. - Não deve estar tão pesado assim, mas obrigado por se oferecer.

Voulez-vous coucher avec moi ce soir?Onde histórias criam vida. Descubra agora