Tu que eras
Amante das estrelas
Contemplante das primaveras
Inimiga das incertezas
Domadora de minhas feras
A fera habitante das feiras
A meiga habitante de mim
Tu que esconde as ruínas
Teu medo que te aflige
Tuas unhas miúdas, ruídas
Teus olhos que me atinge
Tuas mãos tímidas e baldias
Que resolve tudo com um gim
Tu que realizavas diversas obras
Reformas o peito de teus admiradores
Tens título solene de nebulosa
Neste universo ofuscado de vãos atores
Que pinta na janela a aurora
E em outrora jogas fora por fim
Tu que traz á cada dia o inédito
Os raios agraciados de sol
Á iluminar os corpos incrédulos
Na praia do vilarejo espanhol
Onde até os grãos d'Areia são alérgicos
Aos atos corrosivos e ruinsALDRiN - 2018
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O Livro Que Nunca Escrevi
PoesiaA descrição do que nunca fora dito por mim sobre um amor um tanto duvidoso. Eu não queria propagar esses poemas, mas o definhar do tempo me mostra que é preciso expor a mágoa e a autonomia sentimental sobre as palavras, e como poeta esta seria a min...