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Acordo de manhã com a luz do sol iluminando todo o quarto,porra que horas são?
Olho o despertador ao meu lado e vejo que são exatamente 08:40 da manhã.-caralho a empresa!-praticamente grito,tentando levantar da cama,me enrolo nos lençóis da cama e tento correr até o banheiro,porém tropeço nos meus próprios pés e caio no chão batendo a cabeça no piso de mármore branco,maldito lençol!

Alguns minutos depois eu consigo me desenrolar e sigo plena para o banheiro.Olho para o meu reflexo no espelho e vejo um alto relevo na minha testa,toco no inchaço e solto um grunhido de dor,eu não vou para a empresa assim.
Isso tá horrível!-digo pra mim mesma,sabendo que ninguém vai escutar.

Ouço meu celular tocando e corro até o mesmo pegando e atendendo a chamada de Hannah.

-Bom dia Srta.Laylla-diz Hannah

-Querida Hannah,esse dia está qualquer coisa,menos bom-digo

-O que houve?

-Esquece Hannah,não foi nada com que deva se preocupar.

-Ok,Só estou ligando para dizer que a Clarice pediu para relembrar que você disse que não viria hoje cedo para a empresa e somente no horário da reunião.Ela disse com estas mesmas palavras "Avise para a Laylla que ela não deve se esquecer que só virá a empresa no horário da reunião com o empresário de Chicago"

-Porra,como eu pude esquecer algo que eu mesma disse e ainda me apressar pra nada?-digo para a Hannah

-Como??-ela diz

Nesse momento eu percebo oque disse com Hannah,e me repreendo mentalmente por isso.

-Desculpe Hannah,obrigada por avisar e me ligue caso houver algum imprevisto.

-Com certeza ligarei!-ela diz e desliga

Hoje não é o meu dia de sorte!

Acabo de tomar o meu chá de maracujá e saio do meu apartamento e vou para o elevador,assim que ele abre eu aperto o botão do térreo.Vou andando até a portaria  e vejo um senhor com mais ou menos uns 50  anos de idade vigiando o local.
Ele acena na minha direção e eu aceno com a cabeça retribuindo o gesto,coloco a mão na minha mini bolsinha que está em minha cintura para retirar a chave e sou interrompida.

-Deixa que eu abro para a Senhorita-diz o porteiro,ele aperta algum botão que está no controle em suas mãos e logo o portão social se abre.

-Obrigada pela gentileza e tenha um bom dia!

-Um ótimo dia para a senhorita também!-espero que eu tenha mesmo,digo mentalmente.

Pego os meus fones de ouvidos e os coloco,começo a fazer a minha caminhada matinal ouvindo a música "The Truth" do James Arthur.

Já se passaram exatamente 40 minutos e eu ainda estou correndo,agora eu estou ao lado de algumas  árvores em um parque que geralmente é bastante frequentado,porém pelo horário a maioria das pessoas daqui devem estar fazendo algo mais importante do que correr.
Eu porém,cuido bastante da minha saúde e correr me trás bastante paz.
Reparo que a alguns metros de distância de mim,tem um homem no qual eu tenho certeza de o conhecer de algum lugar.De onde meu pai?
Ele deve ter sentido que estou reparando nele e olha pra mim e sorri,antes mesmo de poder retribuir o gesto eu tropeço em uma pedra,não,aquilo ali era a porra de uma mini montanha que algum brutamonte colocou com o propósito de fazer alguém,assim como eu cair e descer rolando o espaço com terra onde ficava as árvores.
Eu tô me sentindo uma bola de boliche,porém o lugar no qual eu estou rolando igual á uma bola não é reto e sim uma maldita descida.
Eu realmente achei que nunca iria parar,até então bater com o corpo em um tronco de árvore.
Eu não sei exatamente oque eu bati naquela árvore,porque a minha visão está totalmente turva e tudo ao meu redor está rodando.
Vejo alguém no meu campo de visão,totalmente turvo como as copas das árvores que eu estava vendo a segundos atrás.

-Está tudo bem?-pergunta

-Hum...aham...é...claro,por que não estaria uh?

-Deixa eu te ajudar-diz e estende a mão para que eu possa pegar-

As imagens na minha frente começam a ter mais formas e vejo que é o mesmo homem que sorriu pra mim antes que eu pudesse cair que está tentando me ajudar neste momento.
Quando seguro a mão dele e me impulsiono,vejo tudo ficar turvo novamente e a minha mão escorregar.
Sinto minha cabeça cair fortemente contra algo no chão e tudo escurece.

Acordo e não reconheço o lugar onde estou,é tudo branco nessa porra.
Tento me levantar e consigo perceber que estou em uma cama de hospital,que caralhos aconteceu?
Um homem que aparenta ter no máximo uns 26 anos se aproxima com um semblante sério e preocupado e pergunta:

-Como você está?

-Quem é você?Por que eu estou em um hospital?O que aconteceu?-faço várias perguntas ao mesmo tempo e ele ergue uma das sobrancelhas e dá um sorriso fraco-

-Vejo que está um pouco melhor,espera que vou chamar o médico-ele diz e se retira do local.
Minutos depois ele volta acompanhado de uma mulher que aparentava ter uns 37 anos.

-Olá Senhorita Laylla-a mulher diz

-Você me conhece?-pergunto-

-Você não é uma pessoa irreconhecível pra mim e nem pra metade de Nova York,eu diria.-ela diz e o homem ao seu lado aparenta estar um pouco perdido na nossa conversa.
Naquele mesmo momento me repreendo de ter feito aquela pergunta idiota,quem não me conhece? Eu sou Laylla Vallett.

-Enfim,oque aconteceu?

-Você chegou aqui desacordada,esse rapaz trouxe você até aqui e ele disse que você caiu e bateu a cabeça duas vezes.-ela diz-
Logo as memórias vêm e consigo lembrar do ocorrido,minha cabeça ainda dói.

-Você pode me dizer se foi algo grave?-pergunto

-Felizmente não,porém a  possibilidade de você ter algumas dores fortes de cabeça durante a semana,por isso eu te recomendo tomar comprimidos para dores nos quais você já esteja acostumada a tomar.-aceno com a cabeça concordando e ela se retira.
Olho para o lado e vejo o mesmo homem da praça me encarando como se estivesse fazendo perguntas para si próprio mentalmente.

-Obrigada!-digo atraindo a atenção do mesmo

-Ah,não foi nada-ele diz ainda perdido

-Claro que foi,você ajudou uma mulher que caiu no meio de árvores e bateu a cabeça duas vezes.Acha mesmo que não foi nada?-pergunto

-Nada disso teria acontecido se eu não tivesse atraído a sua atenção.-ele diz

-Como?-pergunto

-É eu sei,sou realmente muito atraente.-ele responde

-Convencido também!

-O que você disse?-ele pergunta

-Ah,eu disse isso alto?-pergunto,já sabendo a resposta

-Eu posso ser atraente e convencido,pelo menos eu não sou alguém mal agradecido que sai caindo por ai toda vez que recebe um simples sorriso.-ele diz com um olhar irônico.

- Em primeiro lugar,eu não pedi a sua ajuda e em segundo lugar eu não caí por causa do seu sorriso,até porque já vi melhores por aí.

-Sei que sim-ela diz com um sorriso debochado

-Eu tô pouco interessada em saber oque você sabe ou não.E com toda a sua licença,tenho mais coisas para fazer.-Digo me levantando e indo na direção da porta-

-Espera,você não pode sair!-ele diz

Pego na maçaneta e a viro abrindo a porta e finalmente saindo daquele lugar.

-Avisou tarde,Baby!-digo e fecho a porta o deixando lá dentro

⭐⭐⭐

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A burguesa perfeita(EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora