Nota: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling.
(2) – Essa história contém relacionamento Homem x Homem e sexo explícito entre os personagens. Se não gosta ou se sente ofendido é muito simples: Não leia.ATENÇÃO: Este capítulo contém violência e "dubcon", que, porém, inicia-se como ESTUPRO (visto que não há consentimento), ainda que haja prazer para as duas partes ao final.
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Parado no marco da porta estava ninguém menos que Draco Malfoy, com um sofisticado bouquet de lírios brancos e roxos nas mãos, e uma expressão indecifrável em seu aristocrático e agora, mais maduro, rosto. A camisa social, a calça e o elegante sobretudo de linho eram todos na cor negra evidenciando sua palidez nobiliárquica e o cabelo loiro e reluzente como o sol pulcramente penteado, seus olhos acinzentados brilhavam ao contemplar aquele que fora seu eterno rival, até desaparecer no final do seu quinto ano em Hogwarts. Aquele por quem estava apaixonado desde o terceiro ano escolar, desde que tinham treze anos e o vira em Hogsmead chorando pela suposta traição de seu padrinho. Harry, por sua vez, encarava o herdeiro da fortuna Malfoy com um ódio nunca antes visto em seus olhos esmeraldas, e apenas o poderoso agarre da psicomaga e de um assustado Rony Weasley o impediam de arremeter contra o recém chegado.
- TRAIDOR! MALDITO TRAIDOR!
- Harry... – Hermione murmurou assustada.
- TOM IRÁ MATÁ-LO! OUÇA O QUE EU DIGO, MALFOY, ELE IRÁ MATÁ-LO!
Draco sentiu um arrepio de medo percorrer sua espinha, pois sabia que era verdade, o Lord o mataria assim que tivesse a oportunidade e não apenas por ser um traidor, mas porque lhe arrebatara sua posse mais estimada.
- Senhor Malfoy, é melhor o senhor se retirar, por favor – a Dra. Owens, com apenas um balançar de varinha, havia conjurado uma injeção tranqüilizante e agora a aplicava em seu furioso paciente.
- Mas...
- Por favor, senhor Malfoy, será melhor que o senhor se retire com o senhor Weasley e a senhorita Granger.
Os aludidos apenas assentiram e seguiram em direção à porta. Harry, com a respiração agitada, encarava-os furiosamente.
O último a sair do quarto foi Draco, que, olhando desoladamente para o moreno, deixou o lindo bouquet em cima da mesa.
- Harry...? – ela o chamou suavemente após alguns minutos.
Mais tranqüila, observou que a injeção tivera efeito imediato e Harry, agora, encontrava-se adormecido.
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Na manhã seguinte, quando a Dra. Owens adentrou no quarto de seu ilustre paciente, deparou-se com uma desoladora imagem: Harry estava recostado contra as grades de ferro protegidas por poderosos feitiços anti-fuga, a testa apoiada no material frio e a mão direita sujeitando uma das barras com verdadeira impotência e anseio, seus olhos fixos num ponto qualquer do quarteirão que circundava o hospital mágico e as lágrimas banhando livremente o rosto que ainda conservava traços infantis. Tal imagem apertou o coração da psicomaga, que, no entanto, apenas respirou fundo e ensaiou um sorriso.
- Bom dia, Harry.
A resposta dele, porém, foi uma abatida pergunta:
- Quando vou poder voltar para casa?
- Creio que já conversamos sobre isto.
Com um suspiro resignado, então, ele seguiu de volta à cama, vendo que a psicomaga se acomodava naquela poltrona habitual.
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Estocolmo
RomanceNome do Paciente: Harry J. Potter. Diagnóstico: Síndrome de Estocolmo. Quando a vítima se apaixona por seu agressor, cabe ponderar, qual o limíte entre a loucura e o verdadeiro amor? [Concluída] Tom & Harry #1 - Confinamento [20/08/2020] #1 - Dubcon...