VII

6.2K 586 659
                                    

Nota: (1) – Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling.
(2) – Essa história contém relacionamento Homem x Homem. Se não gosta ou se sente ofendido é muito simples: Não leia.

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

A Dra. Elizabeth deixou um suspiro apreensivo escapar de seus lábios naquela manhã, ao ingressar no quarto de seu paciente e contemplar o entristecido semblante do menino, que se encontrava acomodado na pequena mesa em que eram servidas as refeições, o olhar esmeralda perdido na intocada xícara de chá de hortelã. Ela sabia que o assunto a ser abordado hoje seria, no mínimo, problemático para Harry.

- Bom dia, Harry – a psicomaga ofereceu um sorriso encorajador, sentando-se em sua poltrona habitual.

- Bom dia.

A resposta de Harry refletira claramente seu desânimo e com o olhar apagado, ele deixou o chá em cima da mesa e se deitou na cama para mais uma sessão, esperando que a psicomaga logo percebesse que ele não era mais o Golden Boy que Dumbledore e a Ordem da Fênix esperavam, libertando-o, então, para voltar aos protetores braços de seu amado.

- Como você se sente hoje?

- Fisicamente, como sempre. Emocionalmente, a cada dia pior – murmurou, fixando seus olhos nos dela – Eu quero apenas que isso acabe logo para que eu possa voltar para casa.

- Eu sei, Harry, e nosso combinado ainda está de pé – garantiu – Eu preciso apenas entender seus sentimentos um pouco mais para, então, conforme for, preparar sua alta.

- Em que eu preciso me concentrar hoje? – ele perguntou sem emoção, mas por dentro guardando a esperança de ser livre para voltar ao seu lar.

- Bom, hoje eu gostaria que você se concentrasse no dia em que foi resgata... – corrigiu-se depressa – digo, retirado de seu sótão e levado para Hogwarts – pediu lentamente, observando a reação do menino.

Os belos olhos verdes escureceram.

O pequeno corpo ficou tenso e sua magia se agitou violentamente, mas Harry respirou fundo e murmurou com a voz rouca de ódio:

- Oh, sim, o pior dia da minha vida...

Após dizer estas palavras, ele fechou os olhos, oferecendo à psicomaga suas lembranças, que logo foram retiradas com suavidade de sua mente e colocadas na pequena Penseira de porcelana.

-x-

Um pequeno sorriso apaixonado adornava os lábios rosados de Harry, enquanto este, sentado na beira da cama usando apenas um fino roupão branco, contemplava a imponente figura de Tom Riddle colocando as vestes sobre o corpo recém banhado. Os dois haviam acabado de sair de um excitante encontro na banheira, o qual Harry corava apenas ao se lembrar, e agora, o Lord se arrumava para atender a mais uma reunião com seus inúteis Comensais.

- Venha aqui – Tom ordenou e na mesma hora o menino correu para o seu lado, brilhantes olhos verdes encarando com adoração o poderoso homem que o abraçava de maneira possessiva.

Estando devidamente impecável em suas vestes negras da melhor qualidade, o Lord observava com satisfação o belo menino em seus braços:

- Eu quero que você escolha uma das túnicas novas que eu trouxe para você ontem e esteja pronto para o nosso jantar a hora que eu voltar.

- Jantar? – Harry perguntou, maravilhado, mas logo se encolheu e abaixou o olhar ao ver que interrompera o maior.

Tom, porém, ignorou o deslize do Gryffindor, dando-lhe apenas um severo olhar em advertência e continuou:

EstocolmoOnde histórias criam vida. Descubra agora