SETE

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cataferreira

cataferreira

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❤️ 975

através de uns bonitos olhos

michellaurent bonitos é dizer pouco 😏

isabelvalderio B O M B A 🔥🔥

cataferreira @michellaurent já sei a tua opinião 😒

joaoferreira_82 esse sorriso lindo é para manter

rubendias é o mais perto que vou ter de um elogio da tua parte 

cataferreira @rubendias não tens razões para te queixares 😘

michellaurent @cataferreira ciúmes?  👀

cataferreira @michellaurent não tenho razões para isso 

michellaurent @cataferreira ai não?

rubendias @cataferreira ai não? 

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Mal as suas íris castanhas leram o comentário mais recente na sua publicação, a estudante universitária de direito conduziu a sua mão direita para o atlético peito do moreno deitado ao seu lado. Embora se fizesse despercebido e alheio ao motivo do gesto da varzinense, o defesa-central não escondeu o divertido sorriso a surgir nos seus lábios e, devido aos seus reflexos rápidos, conseguiu evitar o colidir da mão dela com o seu peito.

- Achas que aquele comentário oculta a nossa relação? - Caetana interrogou. - Já me bastou os comentários provocatórios do Michel que já são suficientes para despertar a atenção da Isa.

Um longo suspiro escapou por entre os lábios do amadorense, gesto que passou despercebido à morena que repousava o Huawei sobre a mesa de centro da sala de estar. O tópico acerca de Isabel nunca tinha sido abordado por eles nas suas conversas, exatamente pelo receio que ambos sentem no que essa conversa os levaria, e, para serem sinceros, nem Caetana, nem Rúben queriam que aqueles momentos desaparecessem, uma vez que já se encontravam mais envolvidos e comprometidos na relação do que alguma vez esperaram estar desde que se escolheram um ao outro.

- Haveria algum problema se eu não quisesse esconder? – A questão do central impeliu-a a quebrar a sua atenção pelo programa televisivo e voltar a sua atenção para ele.

- Não. – A integrante do ensino superior negou. – Eu odeio esconder aquilo que sinto por ti. Acredita em mim quando digo que o que mais quero fazer é falar com a Isabel e tentar fazê-la compreender a nossa situação, contudo temo perdê-la. Ela é a minha rocha e eu a dela, Rúben.

- Eu sei. – O moreno assentiu.

Caetana percebeu a desilusão no tom de voz do futebolista e sentiu o seu coração a quebrar, ciente de que não seria a primeira vez.

- Nós não vamos resultar. – Num ápice, o castanho do defesa benfiquista subiu para as feições da rapariga que lhe fazia o coração palpitar. – O nosso maior obstáculo é a tua ligação com a minha melhor amiga, mesmo que seja antiga e que já não vá reascender. É a minha melhor amiga e o tu és o ex-namorado dela. Nós nunca devíamos ter dado importância a uma simples atração física. – O colega de Francisco Ferreira fitava-a surpreso.

- Não, não. Não necessitámos de chegar a extremos---

- Nós já estamos na fase de extremos, Rúben! – De modo a aumentar a distância entre ela e o moreno, a de Póvoa de Varzim levantou-se do sofá e manteve-se em pé, afastada do sofá.

- Acreditas que isto é uma simples atração física. Diz-me a verdade, Caetana. – Por minutos, o bonito castanho da jovem deixou-se de ver, sendo, apenas, possível observar as suas pálpebras.

- O que interessa o que eu acredito ou sinto? – Encolheu os ombros. - A felicidade da minha melhor amiga está em jogo. Não sou capaz de ser feliz, por completo, se sei que a Isabel não o é, também. – Um riso irónico escapou por entre os lábios do central. – Vês algum futuro para nós, Rúben? Sê sincero. – Caetana pediu.

- Sim. – Rúben encolheu os ombros. – O teu orgulho e receio de te apaixonares está a impedir que ele se realize. – O de vinte e duas primaveras mostrava-se frustrado e irritado perante a abdicação da morena.

A estudante de direito suspirou, pesadamente, prendeu o seu lábio inferior, a fim de conter as lágrimas que ameaçavam escapar dos seus bonitos olhos castanhos, e evitou o olhar intenso do jogador sentado no sofá. A dor tinha voltado, mais cedo do que esperava, e, ainda, não tinha feito a escolha. Pelo menos diretamente, pois estava a tomar um partido ao renunciar os sentimentos que nutria pelo moreno. Fitou o dispositivo eletrónico sobre a superfície de madeira e, num súbito movimento, caminhou na direção da mesa e apanhou-o, guardando, imediatamente, no bolso traseiro das calças, e, de seguida, agarrou na mala que continha os seus materiais relacionados com a licenciatura que concluiria a meio do ano seguinte, com intenções de rumar para o exterior.

No entanto, o seu coração traiu o seu consciente. As suas íris castanhas viajaram, uma última vez, até ao castanho do amadorense, contemplando a mágoa e desilusão no olhar do mesmo, e, involuntariamente, avançou na direção dele, incapaz de controlar o que o seu coração lhe dizia para fazer. Lágrimas escorriam pela sua face, sem controlo, quando decidiu colidir com os seus lábios nos dele num pequeno e simples beijo que manifestava tudo o que sentia e não proferia. Afastou-se, num ápice, a fim de não prolongar o gesto romântico, o que lhe faria permanecer, enquanto a sua cabeça lhe dizia para deixar tudo para trás e partir.

- Estou apaixonado por ti. – O irmão de Ivan confessou, mal a rapariga segurou na maçaneta da porta. – Espero que estejas contente, Caetana.

Caetana fechou os olhos e entreabriu os seus lábios, no entanto, quando sentiu que um soluço iria deixar escapar, tapou-os com a sua mão disponível e com a outra rodou a maçaneta, abrindo a porta, cuja atravessou e encerrou atrás de si assim que se viu no exterior. Não pretendia ficar, pois significaria que sentia o mesmo, e, embora sentisse, era mais fácil mostrar o contrário e guardar a dor de perder a única pessoa que a fez mergulhar no amor. 

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Trago-vos a sétima parte da Cedo, com o drama que, já, tinha adiantado nos últimos capítulos, mas ainda estamos só no início. Espero que esteja do vosso agrado. 

Desejo que se encontrem todas bem, bem como os vossos entes queridos, minhas lindas!

Com carinho,

mari. 

cedo | ruben dias ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora