Love in Quarentine - Orochi

Capítulo 7

Bom dia, boa tarde ou boa noite, meus caros, a vida têm sido boa.

Hoje acordei cedo, fiz um café da manhã caprichado, limpei a casa e gravei dois vídeos. Sim, mais efeitos colaterais de Stela.

Hoje é terça-feira, já sabem o que significa, né? Dia de consulta. Sinto que não preciso mais delas, mas preciso da Stela. Por mais que eu esteja lutando contra os milhões de sentimentos que estão surgindo, fica cada dia mais difícil.

Difícil não ficar todo derretido com as fotos que ela me manda fazendo careta, é frustrante de tentar entender como ela fica linda até assim. É difícil controlar as batidas do coração quando ouço sua voz, quando ela diz exatamente o que eu sinto e o que eu devo fazer.

Olha, se eu me apaixonar de vez, prometem que não vão me culpar? Qual é, vocês veem como ela é, sabem melhor do que ninguém o quão difícil é resistir. prometo tentar, mas tá claro que eu não vou conseguir.

Como de costume, meus pensamentos são interrompidos por algum barulho. Ah, é a porta do quarto do meu irmão, olha a hora que ele acorda.

- Bom dia - João entra na sala com a cara amassada e o cabelo bagunçado de um jeito indecifrável

- Bom dia, tem café, bolo, pão, frios.

- Carai, hoje é meu aniversário e eu esqueci?

- Acordei de bom humor, só isso. Agora fica quieto e come.

- Beleza, agradeço a Stela depois - Ele dá uma mordida em um pão de queijo e dá um sorriso.

- Você não cansa de falar dela, né?

- E você não cansa de pensar nela, então fala logo.

- Falar o quê?

- Que gosta dela. Tá esperando o quê pra falar pra ela?

- Eu não gosto dela...

- Ok, Pedro, ok. Vamos pular essa parte chata que você nega e vamos logo pra parte que você liga pra ela e fala o que sente.

- Não é simples assim.

- E por que não é?

- A relação que a gente têm é profissional.

- Ah Pedro, cala boca. Ela é ótima, mas nem é formada ainda, vocês não estariam violando nenhuma regra de ética ou coisa assim.

- Eu sei, mas sei lá, nós temos duas consultas ainda e são muito importantes pra faculdade dela. Se ela não sentir o mesmo, não quero estragar isso, não tenho o direito.

- É, é complicado, tem algumas coisas em jogo, mas você poderia mandar uns sinais, sei lá, mostrar que você tá disposto, se ela retribuir, você continua.

- É, pode ser que eu faça isso. Olha só pra mim, ouvindo e seguindo conselhos amorosos vindo de você.

- É, irmãozinho. Minha vida amorosa tá boa, e a sua?

- Desgraçado.

- Apenas fatos. Fala sério, ela é uma garota ótima, e vocês se dão muito bem.

- É, não queria admitir, mas eu gosto muito dela.

- Porra, sério? Se você não me falasse, eu nunca ia saber.

- Pois é, sei que tá na cara.

- Sim, e eu sei que o problema não é só você ter dúvidas sobre o que ela sente. Você tá pronto, Pedro, tá na hora.

- Eu não sei, não sei o que ela acharia disso.

- Ela queria que você fosse feliz, e ainda quer. Acha mesmo que se ela estivesse aqui, gostaria de te ver sozinho por tanto tempo?