Capítulo 18

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- Assim você acaba comigo - Digo enquanto tento recuperar o fôlego.

- Eu ainda peguei leve, da próxima não vou ser nada boazinha -  Lia diz enquanto veste sua calça.

- Vai ter próxima?

- É lógico que vai, agora eu tenho que voltar a trabalhar - Ela calça seus all-star e me dá um selinho.

- E como a gente fica?

- A gente deixa rolar, do jeito que deveria ter sido antes.

- Tá... Te vejo ainda hoje?

- Eu passo na sua casa - Ela manda um beijinho de longe e sai pela porta.

Caralho, o que foi isso? Não quero ser babaca nem nada, mas acho que eu realmente precisava de uma transa como essa pra me sentir melhor.

Incrível como eu entrei de uma forma nessa dispensa e estou saindo completamente diferente. Logo que acho a porta, dou de cara com o Doa e a Joana, que parecem estar muito mais bêbados do que antes.

- Vocês estão de boa? - Pergunto confuso quando chego na mesa que eles estão sentados.

- De boa? Eu tô sensacional, tô maravilhosa! - Joana exclama.

- Eu tô na mesma, tô bem demais! - Doa diz ainda mais alto - Mas tenho que voltar, abandonei a galera lá em casa. Aliás, onde você tava, Pedro?

- Eu? Bom... eu...

- Ele tava fodendo - Joana diz de maneira estranhamente direta enquanto brinca com o canudo do seu copo.

- Quê? Tá louca? - Doa se assusta e ri ao mesmo tempo.

- É, por que acha isso?

- Para, né? Tá na cara! Você entrou com a moça do bar naquela dispensa e voltou todo arranhado e descabelado.

Nem parei pra checar minha aparência, confesso que a bebida ainda tá na minha cabeça.

- É, as coisas saíram um pouco do controle.

- Aê Pedrão, saiu da seca, ele saiu da seca rapaziada! - Doa grita para o bar inteiro.

- Cala boca, caralho! - repreendo o Doa de forma desesperada.

Olho em direção a Lia para conferir se ela ouviu, mas por sorte ela estava longe e focada no trabalho.

- Tá, vamos embora antes que expulsem a gente - Joana nos puxa pelas mãos.

- Acho que não vou agora, podem ir.

- Ok, você que sabe - Doa se vira e vai embora acompanhado de Joana.

Lia percebe que eu nego em ir embora e caminha até minha mesa.

- Boa noite, senhor. Deseja alguma coisa? - Ela diz e abre um sorrisinho malicioso.

- Sim, senhorita. Você de lingerie.

- Mas você não me prefere sem acompanhamentos? Sem nada? - Lia continua provocando.

- Isso você pode deixar que eu faço.

- Seu pedido estará na sua cama em alguns minutos. Meu expediente já acabou, eu já volto.

- Tô te esperando. 

Lia pega sua bolsa que está na bancada com pressa, aparentemente a próxima vez está prestes a acontecer.

- Vamos? - Ela me pergunta ansiosa.

- Vamos, já chamei um uber.

- Parece que alguém tá animado pro segundo round - Lia debocha de mim.

Love in Quarentine - OrochiOnde histórias criam vida. Descubra agora