Capítulo 2

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   O sinal toca, o que indica que a aula vai começar. Luna, que estava chegando na escola, se apressa para não perder a primeira aula. Estava chegando à cantina quando é parada por Miguel, o novo professor de português.
   Miguel havia chegado na escola há pouco menos de 3 meses e ainda estava em fase de adaptação, em relação aos alunos e a suas aulas.

- Luna, queria falar com você um minutinho. - diz Miguel.
- Desculpa, mas eu já estou atrasada, pode ser depois?
- Pode sim, me desculpe, estou te atrasando ainda mais. Nos falamos no intervalo - da espaço para que Luna passe.

(...)

   O sinal toca novamente.

- Ué!? Você não vai vim com a gente Luna? - Mary diz com cara de surpresa.
- Eu encontro vocês depois, o professor Miguel disse que precisava falar comigo. - Luna responde.

   Curiosa, ela vai à sala dos professores. Ao vê-la Miguel vai ao seu encontro.

    - Ainda bem que veio, já ia atrás de você.
    - Então... queria falar comigo?
    - S-sim - ele diz gaguejando como se estivesse tentando lembrar algo. - Eu li suas redações, não só a que eu passei semana passada, mas também as do ano passado e vi que você tem muito potêncial. Você tem planos de trabalhar com escrita futuramente?
    - Ah! Sim, com certeza. Eu quero entrar na faculdade de letras.
    - Nossa, que bom! Então tenho certeza que você vai aceitar minha proposta. Eu posso te dar aulas particulares. Eu estou dando aula de reforço pra alguns alunos durante a tarde e posso dar aulas extras pra você depois... - ele diz com um sorriso exagerado no rosto - Se você quiser, é claro.
    - Mas que horário seriam essas aulas?
    - A aula de reforço é as 14h então podemos começar as 16h aqui na escola. O que você acha?
    - Ótimo, estarei aqui as 16h. Obrigada professor Miguel.
    - Não é nada... e me chame só de Miguel.
    - Ok, Miguel. Te vejo mais tarde.

    Luna chegou em casa naquele dia com um sorriso que alegrava até a pessoa mais triste.

    - Tá feliz? Que bom minha filha. Qual o motivo de tanta felicidade? - sua mãe diz.
    - O novo professor leu minhas redações e disse que eu tenho potencial. Eu acho que posso me tornar escritora mãe! - Luna responde a abraçando.
    - Mas é claro que pode. E você não precisa que ninguém te diga isso, basta você acreditar em si mesma e seguir seus sonhos. Você vai conseguir minha filha, eu já consigo ver você escrevendo uma dedicatória no seu livro pra mim.
    - Ai mãe, eu já até imagino o que vou escrever para a senhora e pro papai, eu amo muito vocês. - Ela diz com um sorriso mais bonito ainda.

A Dor De Ser MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora