Capítulo 11

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    - Você está bem? - Oliver pergunta quando Luna retorna à sala.
    - Estou, agora estou bem.

(...)

   Luna estava convicta do que iria fazer. Primeiro contaria tudo à sua mãe e juntas iriam falar com a diretora da escola, por fim iriam a delegacia e tudo estaria resolvido. Luna estaria livre.
   Após o término das aulas, a jovem queria agradecer à Jorge por todo apoio. O procurou pela escola e o encontro na sala dos professores, mesmo lugar onde conversaram anteriormente.

    - Professor Jorge? Posso entrar? - Disse abrindo a porta.
     - Pode, claro. Aconteceu alguma coisa?
    - Não.  Eu só queria agradecer. Você foi tão gentil comigo. Percebeu que tinha algo errado e não desistiu de mim. Você foi um anjo que Deus colocou na minha vida. Muito obrigada.
    - Não foi nada de mais. Eu precisava ajudar. Você é uma garota incrível. Inteligente, engraçada, sorridente, talentosa, linda... Como você é linda! - disse suspirando. - Não deixa aquele idiota apagar o seu brilho, não deixa ele mudar quem você é. Você é  melhor assim. - Disse colocando um fio de cabelo rebelde atrás da orelha de Luna. - Maravilhosa.
    - Obrigada, Jorge. Você não faz ideia do quanto você me fez bem agora. - a garota disse grata.
    - Você que não faz ideia do quanto você me deixa  bem... o tempo todo. Me deixa bobo, louco de vontade de te abraçar e cuidar de você. Luna... - não completou o que dizia e beijou de  forma sutil os lábios da jovem garota.
    - O que  você está fazendo? - Luna diz se afastando. - Por que fez isso? - deixa algumas lágrimas escaparem.
    - Luna, me desculpe. Eu pensei que você queria. Você veio até aqui e disse aquelas coisas, disse que eu te fazia bem. - Jorge disse rápido, tentando se explicar
    - Eu estava fraca, frágil, estava destruída por dentro, e ainda me sinto um pouco assim. Só disse aquilo porque conversar com você tirou um pouco da minha dor.
    - Me perdoa. Eu entendi errado. Luna, eu gosto de  você.  De uma forma que eu não deveria gostar, mas eu gosto. Me desculpa, eu não queria... - Luna não o permite  completar e sai da sala.

(...)

   - Com licença, preciso falar com a diretora. - Luna diz à secretaria.
    - Ela está um pouco ocupada. Me diz o assunto, talvez eu possa lhe ajudar. - a secretaria responde  simpática.
    - Na verdade não. Eu preciso falar diretamente com a diretora, é urgente. - Diz com a voz trêmula, segurando o choro.
    - Espere um segundo, irei informá-la da sua urgência. - sai em direção a sala da diretora.

   Após uns minutos a secretaria volta permitindo a entrada de Luna.

    - Em que posso ajudar? O que é tão urgente? - A diretora diz calmamente, porém preocupada.
    - Eu fui assediada. - Luna diz não conseguindo mais segurar o choro.
    - Meu bem, se acalme, estou aqui com você.  Quem assediou você?
    - O professor Miguel... - Ela dá uma pausa para respirar e tentar controlar as lágrimas. - E o professor Jorge.

   A diretora escuta toda a história de Luna e consola a aluna. Chama a mãe da garota e a informa sobre tudo que aconteceu com a filha. Juntas, as três vão até a delegacia e denunciam Miguel.

A Dor De Ser MulherOnde histórias criam vida. Descubra agora