8. Nossa garotinha

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Era um dia ensolarado em Miami, poderia ser um dia como qualquer outro...

Sinu Cabello havia levantado bem cedo naquela segunda, desceu e fez o café para o marido e a filha mais nova. Depois subiu novamente para acordar Sofia e a arrumá-la para a escola...Quando desceu com Sofia, Alejandro já estava pronto apenas esperando a filha para levá-la a escola e depois ir para o trabalho.

Por volta das 9:00 da manhã, Sinu recebeu uma ligação de Clara, logo atendeu imaginando que se tratava de alguma fofoca ou coisa do tipo...Mas pra sua surpresa, eram na verdade notícias sobre sua primogênita...Sinu não podia dizer que estava preocupada, Camila vivia se acidentando, o que quer que tenha sido, não podia ser tão sério, então apenas mandou mensagens para Camila perguntando se ela estava bem.

Depois de algumas horas, decidiu olhar as chamadas perdidas, após recusas várias vezes a ligação de um número desconhecido...Por fim, resolveu atender quando percebeu que não iriam parar de ligar.

—Boa tarde, com quem eu falo?

—Sinuhe Cabello

—Senhora Cabello, a sua filha deu entrada no hospital John Baptist hoje mais cedo, não estávamos conseguindo contatar sua família, apenas uma prima, Dinah Jane que mora junto com ela aqui...

—Foi algo sério? —Dinah já estava lá, não tinha porque incomodá-la, foi o que Sinu pensou, mas mesmo assim, devido a curiosidade decidiu perguntar.

—Senhora Cabello, sua filha foi atropelada e acabou de sair da cirurgia...

—Cirurgia?! —Perguntou exasperada

—Sim, sua filha sofreu um traumatismo craniano, e se encontra no quarto desacordada por enquanto, os médicos esperam que ela acorde ainda hoje... —O medo e arrependimento tomaram o coração de Sinuhe...

—Tudo bem, obrigada...

—Por nada.

Sinu foi tomada por medo, Camila estava só num quarto de hospital, recém operada, e só tinha Dinah que possivelmente nem poderia vê-la.

E então ela fez a única coisa que conseguiu pensar, ligou para Alejandro, seu marido...

—Droga Ale! Atende a porcaria do telefone! —Alejandro nunca soube mexer direito nesses telefones modernos, fora que tinha mãos muito grandes para conseguir digitar sem esbarrar em outras letras, por isso sempre mandava áudios.

—Alô? —A voz do homem ressoou do outro lado da linha

—Ale! Camila está no hospital e eu não sei o que fazer, eu-

—Calma mi amor, ¿Camila? Lá em NY?

—Sim, ela foi atropelada, Ale, o que nós devemos fazer?

—Vá até ela, Sinu.

—Mas e você? E Sofia?

—Eu me viro, vá cuidar da nossa garotinha...Foi muito sério? —Ele disse num tom mais preocupado

—Sim...Me disseram que ela teve um traumatismo craniano...Mas já está no quarto.

—Vá cuidar dela mi amor, eu tomarei conta de Sofi, e devem ser apenas alguns dias, nossa Kaki sempre foi forte

—Tudo bem...Te amo Ale

—Também te amo mi amor.

Alejandro precisava ser forte por sua família, mas no fundo estava preocupado com sua menina, ele e Camila sempre foram muito ligados, ele sempre dizia a ela que independente do que acontecesse, ela sempre seria sua garotinha. 

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