Prólogo

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Era linda.

Depois de meses procurando, Yura e Hyeri finalmente conseguiram a casa perfeita. Era duplex, tinha piscina e quatro suítes bem espaçosas. Sem contar com a arquitetura moderna que aproveitava a luz natural em todos os cômodos. Ah, e também era cara. Tipo, muito.

Conseguir comprá-la nunca seria possível se Hyeri Lee, graças à sua presença carismática, não tivesse recebido uma proposta de ser apresentadora de um programa de TV da nova emissora KonnecTV. Algo que pagava bem e que finalmente daria àquele casal de caminhoneiras a estabilidade que tanto buscavam.

Sendo as duas atrizes bem conhecidas, elas recebiam propostas de empregos por todo o país, não podendo ficar paradas — pareciam baratas chapadas de Baygon. Claro que isso chegou a prejudicar seu casamento, sua saúde e, o mais importante, seus filhos.

Quando Yura olhou para trás, viu seus amores, os cãezinhos Huchu, Nacho e Kancho, deitados no chão do carro. Ah, e também tinha Sana e Tzuyu, seus bens mais preciosos. A mais velha estava dormindo toda torta, com a boca aberta. Já a mais nova estava fixada no seu celular, com fones de ouvido — e Yura não entendia como ela não passava mal ficando tanto tempo com a cabeça abaixada num carro em movimento.

— Meninas, nós já chegamos. —Hyeri disse, abrindo um sorriso enquanto olhava pelo retrovisor.

— Aham. — a taiwanesa respondeu sem tirar os olhos do celular.

— Chewie, casa nova... Ares novos... — tentou mais uma vez se comunicar com a Geração Z.

— Yay. — ela respondeu da maneira mais desanimada possível.

— Tzuyu, se você não largar esse celular agora, você só vai conseguir se comunicar com os outros por onomatopeias daqui para frente! — Yura disse, fazendo com que sua filha caçula soltasse um suspiro alto e guardasse o celular com raiva.

Eram nesses momentos que ela sentia falta de quando as garotas eram crianças e viam suas mães como heroínas. Tzuyu mesmo não largava a barra da saia de Yura enquanto Sana fazia o mesmo com Hyeri. Mas agora,  com as duas na fase aborrecente, as vezes nem se lembravam de que tinham mães.

— Meu bem, não seja tão dura com a garota. — Hyeri pediu a sua esposa.

— Mas elas não respondem, Hye. — Yura contestou.

— Deixa as meninas,— Hyeri tocou o braço de Yura com uma das mãos — elas já estão passando por muita coisa. — e deslizou por ele até encontrar a mão da companheira.

— Ah, tudo bem. — ela disse, sem protestar nem nada mais. Tzuyu, que observava a cena do banco de trás, apenas abriu um sorriso sacana enquanto pensava "minha mãe é gado demais".

Então a família Kim-Lee se preparou para desembarcar. Tiraram a chave do motor, colocaram os dogues para fora, pegaram as malas que estavam no porta-malas do carro e, antes que esquecessem, acordaram Sana.

Mas foi só a ruiva colocar a chave na porta e abrir que o inesperado aconteceu.

A porta foi escancarada e dentro da casa elas viram um bando de gente gritando na cara delas. No susto, os cachorros dispararam, carregando Sana que estava sonolenta, Tzuyu deu um grito silencioso, Yura soltou um alto "puta que pariu" enquanto Hyeri começava a dar sua risada esquisita de nervoso.

Ok, para quem está confuso preciso explicar que não, elas não estavam sendo vítimas de um sequestro relâmpago, muito menos de uma pegadinha do Silvio Santos. Acontece que as matriarcas da casa nasceram e moraram até a maioridade naquela cidade. E agora que estavam de volta, quem as amavam demais decidiram fazer um "chá de casa nova". Era por isso que tinha seis pessoas dentro da casa.

Em Nome de God ᎒ ◖ SaHyo ◗Onde histórias criam vida. Descubra agora