3. Relaxa, Pode Ficar Pior

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Antes de explicar o que acabou de acontecer, vamos voltar algumas horas atrás, para a Geração Z e, mais precisamente, para o POV de Sana Kim-Lee.

A verdade sobre a japonesa era que nem sempre ela foi tão cool. Ela era bastante preocupada com muitas coisas, principalmente quando era pequena e tinha acabado de ser adotada. Como não conhecia bem Yura e nem Hyeri, tinha medo de que ela e Tzuyu pudessem ser devolvidas se cometesse algum erro. Por isso ela acabou assumindo, logo no começo, um papel de ser útil em tudo que pudesse e também de ser uma criança que não dava trabalho.

Levou um tempo até que ela atingisse o nirvana com as pessoas, aconteceu quando a mesma tinha quase 10 anos. Ela tinha batido em um colega de classe dela depois que o mesmo fez um comentário totalmente desnecessário sobre a sua família pouco convencional. É claro que não era culpa da criança, ele apenas estava reproduzindo o que ouvia os pais falando sempre que viam a família Kim-Lee, ou você acha mesmo que um moleque da mesma idade da Sana sabe o significado de "duas sapatão com falta de rola que adotaram crianças para ensinarem a colar velcro desde cedo"?

Sana também não entendeu, mas não sentiu que era certo e isso resultou numa suspensão. Quando ela estava voltando para casa, começou a chorar de desespero achando que tivesse estragado tudo. E foi nesse momento que Hyeri, que foi quem a buscou, olhou para trás e disse as palavras que ela nunca esqueceria:

— Você não precisa chorar porque acha que fez uma besteira. Ter partido para a agressão foi errado, não se resolvem coisas na violência. Mas o porquê de você ter feito isso não foi. Você foi corajosa demais e eu estou muito orgulhosa e muito feliz de ter uma filha como você e Tzuyu. — e secou as lágrimas dela. — Yura e eu não escolhemos vocês para serem parte da família, vocês sempre foram, só precisamos descobrir isso.

Desde aquele dia, Sana entendeu que ela e sua irmã nunca voltariam para o sistema de adoção. Não era porque as quatro não compartilhavam do mesmo sangue que isso significava que poderiam deixar de ser parte da família a qualquer momento. Não, elas eram Ohana. Ohana quer dizer família e família quer dizer nunca mais abandonar ou esquecer.

(E para quem quiser saber, as meninas foram transferidas antes de a escola receber um imenso processo por ter punido apenas a filha das "sapatão com falta de rola" e não o menininho que reproduziu a homofobia)

Aos poucos Sana foi se libertando dessa necessidade de se importar com as opiniões dos outros, ainda mais sabendo que não importa o que fizesse, pessoas a olhariam torto ou a xingariam simplesmente por ela ser ela. E hoje em dia ela empeita todo mundo, que nem ela fez com o todo poderoso KAI.

Essa ação não foi passada despercebida. Jisoo, que geralmente não falava com ninguém da sala, se viu obrigada a ir parabenizar Sana por não deitar para o ex da "amiga".

— Ei, eu sou a Jisoo, tudo bem com você? — ela perguntou, com um grande sorriso no rosto.

— Sou a Sana. — Sana não sorriu, não sabia se Jisoo era legal ou babaca.

— Sana? Esse nome não significa verão em japonês?

— É sim, dizem que combina muito comigo. — ela confirmou. — Mas como você sabe?

— Quando estava aprendendo japonês eu cheguei a estudar a origem de alguns nomes leste asiáticos em geral. — explicou. — Os kanjis do seu ficaram fixados na minha cabeça.

E o primeiro ponto da Jisoo marcado com a japonesa era: conhecer o Japão.

— Enfim, — mudou de assunto — eu vi como você tratou o KAI.

Em Nome de God ᎒ ◖ SaHyo ◗Onde histórias criam vida. Descubra agora