4. inSANA demais

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Jihyo Kang estava desesperada.

Sabendo de todos os perigos que um carro poderia trazer, não é surpresa nenhuma dizer que ela sempre tinha tomado o máximo de cuidado possível para não causar acidentes, foi assim desde seus 16 anos. Esse era o primeiro acidente no qual ela se envolvia.

Depois de ajudar a garota que ela não conhecia a sair debaixo da moto, percebeu que precisava mesmo levar ela num pronto socorro. Talvez tenha sido porque a perna dela, onde a calça ficou agarrada, estava vermelha... Ou porque ela estava mancando de leve quando se levantou.

A mulher mais velha conseguiu ajuda para levantar a Harley Davidson da estrada, colocando ela num canto. Mas quando viu o estado da menina que, por graça divina, não tinha atropelado, ela pagou para que a moto ficasse em um estacionamento, colocou a desconhecida no seu carro e começou a dirigir diretamente para o hospital.

— Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus... — isso era tudo que ela repetia ao longo do caminho.

— Olha, não é que eu esteja criticando ou menosprezando sua ajuda, mas não teria sido mais inteligente, sei lá, chamar uma ambulância no local. — Sana perguntou, talvez começando a questionar sua decisão de ter entrado no carro de uma pessoa qualquer na rua. Afinal, essa foi a primeira coisa que as suas mães lhe ensinaram a não fazer, não é mesmo?

Aliás, qual o problema da Sana para ter entrado no carro de alguém que foi responsável pelo seu acidente? Tipo, a pessoa não tinha deixado uma boa primeira impressão de ótima motorista e agora ela estava recebendo uma carona dela. Isso nunca funcionaria na vida real, ainda bem que isso é uma fanfic e essa é a conveniência do roteiro.

— Com o trânsito que tem na autoestrada, demoraria bastante para a ambulância chegar. — Jihyo respondeu, mantendo os olhos na estrada. — Eu conheço um atalho.

"Eu conheço um atalho." Isso fez com que a pele da cabeça de abóbora se arrepiasse completamente. Isso não é o que geralmente os serial killers diziam as suas vítimas antes de cometer um assassinato?

Ok, mais uma informação muito importante sobre a Sana é que ela era a pessoa mais desesperada e que mais conseguia produzir teorias da conspiração na sua cabeça em 10 segundos. Talvez seja alguma mania de perseguição. Sim, toda a aparência cool dela escondia alguém um tanto insana.

Estou contando tudo isso para que entendam que Sana, formada há oito anos em filmes de terror de todos os tipos, começou a desconfiar da boa vontade da mulher cujo nome nem sabia. Ela chegou a pegar a sua bolsa e vasculhar atrás do seu celular, que convenientemente estava descarregado. Ela também havia esquecido de trazer seu spray de pimenta e o fato da tranca do carro estar ativa só a deixou ainda mais tensa.

Tudo que passava pela cabeça dela era que ela não queria morrer agora, não antes de conhecer seu rapper favorito e nem ter a oportunidade de também lançar um sutiã no palco para ele.

— Você tem alguém para quem queira ligar? — Jihyo perguntou, entregando seu celular nas mãos da garota. — Nós estamos indo para o hospital geral do centro, é só informar.

Respirando um pouco mais aliviada, Sana chegou a ligar a tela do celular da mulher, dando de cara com uma foto da Sunmi na tela de bloqueio. Mas antes que pudesse discar algum telefone, ela pensou que talvez fosse melhor não ligar para ninguém. Não do celular de uma pessoa que possivelmente era serial killer e podia salvar o número da sua mãe, da sua mama ou pior, da sua irmã, e talvez tornar alguma delas vítima também.

— Eu não tenho para quem ligar. — ela disse e devolveu o celular para Jihyo.

— Sério? Achei que ligaria para a sua mãe, você parece ser tão novinha. — Jihyo teorizou.

Em Nome de God ᎒ ◖ SaHyo ◗Onde histórias criam vida. Descubra agora