"Porque eu fico em pedaços quando fico solitário
E eu não me sinto bem quando você vai embora
Você se foi
Você não me sente mais aqui"
-Broken, Seether
-Renesmee
—Eu simplesmente adorei— virei o rosto para fitar o humano sentado ao meu lado. —É sério, a forma como você sobrepôs as cores, o gradiente do céu... Perfeito! — sorri orgulhosa.
—E o personagem? Acho que poderia melhorar a textura, o seu me parece mais crível— refleti se, digitalmente, os traços deviam parecer tão claramente diferentes.
—São texturas diferentes, sim, mas eu não mudaria nada— o avaliei inconscientemente buscando sinais de mentira, mas ou ele era um psicopata, o que eu duvidava, ou estava sendo muito honesto. —Você tem muita sensibilidade— murmurou fitando a tela do computador, contemplativo.
Olhei com a visão periférica.
—Então acho que é só, podemos apresentar amanhã, assim teremos a oportunidade de fazer algum ajuste.
—Sim, parece ótimo! — ele sorriu um sorriso de dentes perfeitos que esticava, quase fazendo desaparecer, sua cicatriz no queixo.
Comecei a fechar meu notebook e ele fez o mesmo.
—Já foi ao Louvre?
—Não— respondi timidamente.
Uma estudante de artes, em Paris, que não havia ido ao Louvre era uma herege, principalmente levando em conta que a minha instituição ficava em frente, na outra margem do rio.
Chris sorriu com surpresa e animação, seu olho verde ganhando mais luminosidade, como pedra musgosa e submersa atingida por um raio de sol.
—Quer ir domingo de manhã?
—Er... — titubeei, incerta, embora não realmente surpresa. —Acho que sim.
O sorriso aumentou ainda mais, quase achei que pudesse atravessar seu rosto, eu nem lembrava a última vez que alguém sorrira assim ao meu lado ou por minha causa. Isso aqueceu um pouco meu peito, apesar da pontada fria em meu coração.
Levantei-me, colocando a mochila nas costas, ele espelhava meus movimentos.
—Na entrada principal, as 9 horas?
—Sim, parece ótimo— nesse momento o pequeno peso bateu em minha bota, impulsionado para a frente por meu movimento.
Toquei meu colar, encontrando apenas o pingente com o brasão Cullen, presente de Rose em meu último aniversário, enquanto Christopher alcançava o relicário que havia estado comigo toda a vida. Ele revirou-o aberto na palma da mão enquanto eu tentava afastar a sensação agourenta de perceber o elo rompido.
—Desculpe olhar, eu não pensei— o rosto bronzeado ficou avermelhado enquanto me entregava a peça.
—Tudo bem, eu entendo.
—Você era uma graça de bebê! — murmurou.
—Obrigada— falei avaliando os estragos, mas além do fecho partido com a queda, era uma coisa simples substituir a ligação numa joalheria.
—Sua família tem origem francesa?
—Plus que ma propre vie? — referi-me a inscrição no medalhão e ele assentiu. —Não, é só uma coincidência. Nasci em Washington.
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Reveille
FanfictionUma pequena cidade chuvosa e acolhedora na Península Olympic- Washington, família, amigos, o conforto que o dinheiro pode comprar, beleza, a promessa subentendida de um amor a ser descoberto e vida eterna. O que mais alguém poderia desejar? Para Ren...