#18: ready, aim, fire!

338 54 73
                                    

— Anda, Zee. — ele me puxa até o meio da rua quando um bonde vermelho e reluzente se aproxima. — Vem!

Em um pulo subimos no vagão e Liam se senta em um banco, dando um lugar para mim ao seu lado. Ele tira o cachecol parecendo um pouco impaciente.

— O que foi? — pergunto, segurando firme no banco da frente quando o bonde volta a andar.

— Eu estou doido para te beijar, Zayn... Mas é uma porra de um beijo tão indecente que posso matar esses velhos do coração.

Rio com sua sinceridade.

— Esse bonde é devagar assim mesmo? — pergunto e presencio um sorriso se formar em sua boca. — Porque você não tem ideia do efeito em meu pau quando fala essas coisas, Liam.

Ele ri.

— Liam, você me disse que quase não sorria. — toco seu rosto e meu polegar passa por seus lábios. — Não é bem verdade.

Seu olhar recai sobre minha boca quando um suspiro escapa por seus lábios.

— Eu não tinha motivos.

***

Subimos pelo elevador nos entreolhando, minha respiração já ansiando a noite que teria pela frente, mas eu me mantinha impassível com a meia dúzia de turistas que dividiam aquele cubículo conosco.

Andamos pelo corredor quase correndo e é meio que hilária a cena, dois marmanjos de paus duros doidos para se pegar no quarto de hotel. Mas não consigo rir. O assombro que desce pela minha garganta entope minhas vias aéreas.

Eu estava irremediavelmente apaixonado por Liam. Não que fosse novidade, mas era algo que sempre iria mudar o ritmo de minhas artérias.

— Abre logo essa merda de porta. — ele me pede, mas antes que eu me mova, os dedos de Liam prendem-se aos meus cabelos e sua boca desce para meu pescoço. — Faz amor comigo, Zee... — seus lábios, agora, apreendem os meus e rendem minha língua. O calor serpenteia minha barriga e eu o sorvo mais fervorosamente imaginando como seria fazer amor com Liam. Fazer amor. Com Liam.

Eu me agarro a ele, arrancando seu casaco e Liam me prensa contra a porta enquanto tento acertar o cartão na maçaneta. Eu não saberia dizer se seus dedos tremiam porque estavam nervosos em abrir a porta ansiando pela minha pele nua ou pelos mesmos motivos que eu tremia.

E eu queria tanto que ele se sentisse como eu, estivesse apaixonado por mim, também.

Liam me beija enquanto me leva para a cama após fechar a porta com um toque do calcanhar, mas para por um segundo, contemplando os meus olhos quando eu tiro a calça no mesmo segundo que abandono minhas botas com os próprios pés.

Deito na cama, tirando a blusa, e ele se debruça em meu corpo, avançando devagar com o quadril para mim, moldando-se aos meus movimentos discretos, mas insinuantes.

Ele está completamente vestido e aquilo é excitante na mesma medida que angustiante.

— Tira sua roupa. — peço e Liam geme de volta. Ele me olha e a escuridão infinita de seus olhos parece me suplicar algo. — Eu quero que você me coma, Liam.

Ele se apoia com os joelhos na cama, em volta de minha cintura e suas costas se erguem enquanto tira sua blusa. Eu admiro outra vez seus músculos arrebatadores e a visão de seu corpo sobre o meu sempre é poderosa.

Subo com a mão pela sua barriga durinha, alcançando seu peito, apertando seu mamilo. Liam abaixa o rosto me encarando com aquelas pupilas enegrecidas muito dilatadas, alcançando-me novamente para me beijar, enquanto agarra com força minha bunda e me faz enlaçar sua cintura com minhas pernas.

Liam vem de encontro com sua cintura na minha, cada vez com mais intensidade, e aquilo me fazia pirar, principalmente, porque eu imploro em pensamento para que ele tire sua calça e se afunde dentro de mim, mas ao mesmo tempo gosto de sofrer em suas mãos e sinto que posso gozar apenas com aquela pressão e aquele volume entre minhas pernas.

— Eu estou louco por você, Zee. — ele sussurra e me puxa de volta para si, tomando minha boca com possessividade, descendo os dedos pela minha barriga, quadril, bunda. Quando finalmente me tocam, eu arfo em sua boca, me abrindo para ele. Abrindo meu coração para ele. Para o Liam louco por mim. Louco por mim, louco por mim!

Com a outra mão, ele abre sua calça e tira seu pau de dentro da cueca.

— Eu tenho lubrificante na mochila, Liam...

— Quer dizer que veio preparado para uma briga de braço na cama comigo, Zee? — ele entorta um sorriso divino para mim e eu largo minhas mãos soltas no colchão, completamente entregue a ele.

— Otimista é meu sobrenome.

Liam me solta, se afastando e eu vejo seu corpo perfeito, as calças ainda arriadas, indo até minha mochila e voltando com um frasco que me entrega. Passo a palma da mão por toda sua extensão e me demoro molhando sua cabeça, fazendo-o gemer loucamente.

Então, ele segura minha bunda, as mãos apertando minhas nádegas e joga a cabeça para trás quando se enfia aos poucos dentro de mim. Eu passo minhas mãos entre seus cabelos e ele vira o rosto beijando meu braço. Com outro sorriso nos lábios, ele empurra um pouco mais o quadril contra o meu, se afundando dolorosamente em mim.

Eu mordo meus lábios e aperto minhas pernas em volta de seu corpo.

Ele desce e boca em silêncio e lambe a minha. Eu seguro sua nuca e desço com minhas unhas arranhando suas costas, avançando mais contra ele, voltando a me movimentar sob o seu corpo, fazendo-o mudar a respiração e gemer mais alto.

— Você está acabando comigo, Zee... Eu nem consigo mais dormir, pensando em você...

Eu não falo nada, apenas seguro a conexão entre nossos olhos, enquanto ele apoia os braços ao lado de minha cabeça.

— Então, se junte ao clube dos zumbis... — puxo-para mim e sugo seu gosto, sua vontade, seu desejo, sua loucura, seus segredos, seu carinho, sua proteção.

Sugo sua alma e entrego a minha.

— Você vai gozar, Zee?

Abro os olhos e fito Liam com os olhos semicerrados. Escuto meu coração como um tambor desgovernado, mas ele não sai de dentro de mim enquanto tento entender o teor de sua pergunta.

— O quê?

— Você vai gozar? Por que eu sempre gozo antes de você e queria que desta vez você fosse primeiro porque isso está estranho e...

— Sim, eu vou, Liam. — respondo, como um rosnado, assistindo ele morder seus próprios lábios. — Só continue assim, só continue que eu...

— Porra.

— O que foi?

— Estou gozando...

natural [ziam]Onde histórias criam vida. Descubra agora