❝OBLIVION❞ || namgi/sugamon; myg!cegueira

《XII》 Camiseta Branca

Um Taehyung ansioso e animado, e um Namjoon também ansioso, mas ao contrário do outro, nervoso, esperavam agitados atrás da porta do apartamento. O motivo não era, de forma alguma, o trabalho da faculdade. Tinha nomes e sobrenomes, como vocês devem imaginar. Tae foi quem tomou a iniciativa de tocar a campainha, e, alguns instantes depois, Namjoon sentiu o clássico frio na barriga quando viu a maçaneta girar.

— Boa tarde, meninos! — disse Jin logo após abrir a porta e dar um belo sorriso, o que roubou um longo suspiro do alaranjado — Entrem, por favor!

O professor deu dois passos para trás, dando passagem para os dois garotos finalmente entrarem. Pediu-lhes que colocassem os sapatos ali no cantinho da porta e se acomodassem confortavelmente no sofá da sala e assim foi feito.

— Vieram pra cá andando, né? — os encarou com um bico. Na vez de Taehyung, ele confessava ter descido os olhos um pouco por seu corpo. Mas só um pouquinho! — Vou trazer água pra vocês. Fiquem à vontade!

— Pode deixar, Seokjinnie! — respondeu o todo sorridente e recebeu nada mais nada menos que um tapinha discreto, porém forte de Namjoon.

— O que você tem na cabeça? — sussurrou assim que o mais velho deixou a sala — Você mal conhece ele e usa essa informalidade toda?

Taehyung sorri mordendo os lábios, como de costume. Apoia o cotovelo nas pernas cruzadas e por fim, o queixo na mão. Ele parecia estar totalmente seguro de si e de suas ações.

— Eu sei exatamente o tipo de Seokjin. — lambe os lábios antes de continuar, os umidificando — Daqui a pouco vai estar todo todo atrás de mim. Só presta atenção.

Nam ia revirar os olhos, porém, uma figura pequena e branca surgiu andando cuidadosamente pela sala, tomando toda sua atenção para si. O pequeno ia se guiando pelas mãos constantemente encostadas na parede. Seu corpo magro era coberto por uma camiseta comprida branca e uma box, visível por baixo no pano fino devido a sua cor escura.

— Pai, quem é o ANJO tocando a campainha bem na hora que EU tô tentando dormir? Posso saber? — dizia adoravelmente irritado.

Namjoon estava tão hipnotizado pela imagem esteticamente perfeita do baixinho que nem se tentou a enxergar uma caixa bem no meio do caminho de Yoongi. E lá estava a criatura branquela, estatelada no chão depois de tropeçar na dita caixa. Com o baque, Joon se tocou da real situação e correu até o menor. A camiseta tinha subido um pouco, deixando à mostra as coxas, que, de tão claras, pareciam de porcelana. Nam tentou, mas não se conteve em olhar. Aquilo lhe chamava!

— Você tá bem? — perguntou preocupado com uma das mãos em seu ombro.

— Namjoon? — se manteve confuso até lembrar das palavras do amigo no dia anterior, lá na sala de música.

A segunda coisa que se lembrou foi de que estava apenas de cueca e camiseta, o que, obviamente, lhe presenteou com duas bochechas incrivelmente rosadas. Prontamente se sentou no chão e ajeitou sua camiseta, tentando cobrir o que tinha sido exibido com sua queda.

— Não olha pra mim. — pediu com um bico — Eu tô falando sério!

— Está tudo bem? — perguntou Seokjin ao voltar para a sala com dois copos de água gelada nas mãos — O que aconteceu, meu bebê?

— Ele tropeçou nessa caixa aqui, mas pelo jeito não se machucou. Ou machucou?

O loiro levantou as sobrancelhas e tentou segurar ambas as mãos de Yoongi. No entanto, ambas foram puxadas bruscamente para voltarem a esconder certas... regiões.

— Min Yoongi. Não tem nada o que você esconder aí. Ele é seu amigo e também tem tudo o que você tem aí em baixo. Não é nenhuma novidade pra ele. Vamos parar de frescura? — diz seu pai, levemente bravo.