Capítulo 27 - No fundo da piscina

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- Thomas... pegue a arma - sussurrou David.

    Michelle gemia, com a mordaça na boca, tentava dizer algo, mas não conseguia. Thomas se aliviou por um instante, David havia atirado no chão.

- Agora você teve uma motivação - disse David.

- Você é doente - disse Thomas.

- Você não entende Thomas... a polícia está vindo aí, eu fui baleado no braço, eu ou você terá que morrer... estou te dando uma chance, e você, age como um fracassado.

    "Baleado" pensou Thomas "Baleado por quem?".

- Tá legal... vamos fazer do seu jeito.

- Bom garoto - riu David.

    Thomas abaixou lentamente, e pegou o revólver no chão. Ele ficou pasmo, o revólver era muito semelhante ao mesmo que seu pai usou para tentar se matar dez meses atrás.

- Sim, é ele mesmo - disse David -, é o revólver do seu pai.

- Como? - perguntou Thomas.

- A michelle também me disse que o seu velho tentou se matar... então, eu entrei na sua casa, aproveitei enquanto você estava no hospital e seu pai estava no trabalho... foi bem fácil... Na verdade não, por que a Michelle acabou descobrindo meus planos de te matar... você acredita que ela tentou me matar, ela pegou o revólver do seu pai enquanto eu estava distraído, e atirou em mim.

- Você é doente David.

- Vai me matar, ou não?

- Eu já disse que não precisa ser assim.

- Vamos lá Thomas... você só precisa puxar o gatilho.

    Thomas retrucava com o olhar.

- Certo... tá legal... apenas lembre-se, foi você quem quis assim.

    David apontou novamente para Michelle.

- NÃO! - gritou Thomas.

- É O ÚNICO JEITO THOMAS.

    Thomas apontou para David.

- AGORA ESTAMOS CHEGANDO A ALGUM LUGAR - David gritava e gargalhava -, ATIRE THOMAS... É SÓ PUXAR O GATILHO.

    Thomas começou a chorar, ele não queria que aquilo acontecesse. Nunca se imaginou matando alguém, mas era o único jeito, talvez, alguém realmente teria que morrer.

- SE NÃO ME MATAR AGORA, ELA VAI MORRER.

    Thomas atirou.

    O som ecoou novamente por todo o local, David aparentava estar morto com seu corpo todo largado na cadeira, Thomas se ajoelhou no chão.

- Droga... droga... droga!

    Ele batia o revólver no chão.

- Não era pra isso ter acontecido.

    Ele realmente não queria ter puxado o gatilho, foi muito pressionado, não teve escolha.

    Ele se levantou, para poder ajudar Michelle.

- Ha ha ha! - gargalhava David.

- Mas o que?

- Ha ha ha! - gargalhou de novo.

    Thomas ficou aliviado por ainda não ser um assassino. Mas estava irritado por não entender o que de fato estava acontecendo. David continuava rindo.

- Essa balas... são de festim... não são de verdade... - ele continuava rindo - eu só precisava que você puxasse o gatilho, para suas digitais ficar no revólver do seu pai, e parecer que você atirou em mim. - David era constantemente interrompido pelas suas próprias risadas - Esse é o meu álibi.

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