Capítulo 28 - Irmãos literalmente

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    Ele entrou no quarto. Michelle estava deitada na cama, tomando soro através do cateter que estava em seu braço esquerdo. A mãe dela estava ali com ela, segurando sua mão.

- Oi Thomas - disse Michelle.

    A mãe da garota olhou para Thomas e sorrindo tambem comprimetou o garoto. Ele sorriu e respondeu:

- Oi.

- Mãe... a gente pode ficar um pouco sozinho? - disse Michelle.

- Claro - respondeu a mulher -, eu vou estar no corredor.

    Ela se levantou e beijou a testa de Michelle, e caminhou até a porta. Ela abraçou Thomas no caminho.

- Obrigada - sussurrou ela, no ouvido dele.

    Em seguida, ela saiu do quarto. Thomas, caminhou até a poltrona do lado da cama e se sentou.

- Ainda bem que você encontrou a bolsa.

- Tem razão, como eu iria salvar a sua vida se não encontrasse.

- Pensando bem... o teaser e o canivete eram meus... então, tecnicamente... eu salvei a gente.

- Pensando bem, eu levei dois tiros no peito... e em seguida, tive que mergulhar para remover os sessenta quilos que estavam no fundo da piscina.

- Eu não peso sessenta quilos.

- Pareciam sessenta pra mim.

- Você é ridículo Thomas.

- Obrigado.

    Ele acariciava o rosto de Michelle, enquanto se olhavam.

- Quando você disse que estava vendo ela, eu achei que fosse piada... mas a verdade, é que eu também vejo... não vejo ela, mas vejo você... sempre que eu estava com o David, era como se eu estivesse com você.

- Por que? Por que isso acontece com a gente? - indagou ele.

- Talvez, porque estamos evitando o inevitável...

- É... deve ser isso, e o que devemos fazer agora?

- Não sei... bom, o meu namorado tentou me matar, até que não foi tão ruim... o problema, é que ele está preso, então, talvez leve alguns anos pra ele sair - eles gargalharam -, até lá, acho que vou estar disponível.

- Você poderia namorar com um assassino profissional dessa vez.

- Tem razão, o David era muito amador.

- Então - disse ele -, eu não sou profissional, mas tenho boa pinta.

- Eu odeio você Thomas - sussurrou a garota. - Eu odeio não conseguir parar de pensar em você, eu odeio quando, acordo e não é você quem está do meu lado... odeio quando você se irrita com coisas bobas... eu odeio não conseguir te odiar.

- A gente... nunca conseguimos, fazer dar certo.

- É... a gente tenta, tenta... mas não dá.

- E por que raios... mesmo sabendo que não dá... a gente ainda se procura.

- Não sei... talvez porque eu te ame.

- Você me ama?

- Sempre amei... você sabe disso.

- É... eu sei.

    Thomas beijou a testa da garota, e se levantou, ele continuou olhando para ela sorrindo e segurando sua mão. Até que enfim ele a soltou, e caminhou até a porta.

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