Capítulo 29

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Nossas pernas estavam uma por cima da outra e James fazia carinho em meu cabelo enquanto minha cabeça estava deitada sobre o seu peito. Eu estava sonolenta e cansada, embora um pequeno sorriso não saísse dos meus lábios.

— Hope — James falou meu nome com carinho e girei a cabeça para que pudesse olhar seu rosto. — Não quero fingir que nada aconteceu entre nós.

Observei seu rosto e ele parecia um pouco inquieto diante dessa possibilidade. Eu não sabia muito bem o que era isso que nós tínhamos ou o que eu sentia por James, mas eu não estava disposta a ignorar e abri a boca para dizer isso pra ele, porém escutei a porta ser aberta no andar de baixo e levantei da cama em um pulo.

— Meu pai chegou — eu disse e James também levantou da cama com rapidez. Parei por um segundo para observar seu corpo mas balancei a cabeça e me concentrei apenas em pegar suas roupas espalhadas pelo chão. — Você precisa ir embora daqui. Rápido.

— E como eu vou sair daqui? — ele questionou enquanto vestia a cueca e comecei a rir.

— Eu não sei — falei entre risadas e ele me encarou confuso.

— Do que você tá rindo? — ele parecia nervoso e isso só me fez rir mais.

— Eu começo a rir quando tô nervosa — expliquei.

Escutei duas vozes no andar debaixo e isso me faz parar de rir. Andei alguns passos até a porta e abri uma pequena fresta na tentativa de escutar melhor. Uma voz feminina chegou até meus ouvidos e meus olhos se arregalaram em surpresa. Ele estava acompanhado, joguei a surpresa pra algum lugar distante na mente e fechei a porta com cuidado antes de me virar e encarar James que me olhava com curiosidade.

Vi que ele já tinha vestido a calça, mas ainda estava sem camisa e caminhei até ele devagar.

— Ele não tá sozinho, não sabemos quando ele vai sair da sala, então você não vai poder sair pela porta da frente — expliquei e mordi o lábio enquanto pensava no que fazer.

— O que a gente vai fazer? — ele perguntou baixinho, mas seu tom demonstrava que ele estava se divertindo apesar do nervosismo.

— Eu vou descer, ele sempre vem ao meu quarto quando chega em casa e ele não pode subir até aqui.

Comecei a caminhar até a porta de novo, dessa vez com a intenção de descer as escadas e finalmente conhecer a mulher que despertou o interesse de Joseph Clifford. Mas parei quando James chamou meu nome e virei o corpo para encará-lo.

— O que foi? — perguntei quando ele não disse nada.

— Você tá vestindo apenas minha camisa — ele desceu os olhos pelo meu corpo por um instante antes de voltar a me encarar. — Não me entenda mal, você nunca esteve tão sexy. Mas eu não acho que é uma boa ideia você aparecer vestida assim lá em baixo.

— Tem razão — abri um pequeno sorriso e tirei a camisa de James que era tão comprida que ia até metade das minhas coxas.

— Sabe, não é a melhor hora pra você me provocar — ele disse ao se aproximar, enlaçar as mão na minha cintura e puxar meu corpo de encontro ao seu.

— Eu não fiz nada — falei de maneira inocente — Estou apenas devolvendo sua camisa.

Um grande sorriso se espalhou pelo seu rosto e ele apertou minha cintura com um pouco mais de força.

— Você é incrível.

Eu sabia que teríamos problemas se meu pai subisse as escadas e nos encontrasse aqui, sabia que precisava pensar em uma maneira de tirá-lo daqui, mas nada disso importou quando o beijei. Suas mãos subiram pelas minhas costas e ele as enroscou no meu cabelo, eu abracei sua cintura, querendo que tivéssemos mais tempo.

A garota do suéter vermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora