A familia Hades ─ que tivera sua linhagem iniciada na antiga Grécia ─ sempre foi muito estimada por todo o mundo bruxo. Conhecidos por formar bruxos talentosos, eram também respeitados pelo sangue puríssimo mantido por séculos e a grande aptidão par...
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TROVÕES ERAM OUVIDOS do lado de fora da biblioteca, assustando os dois únicos alunos que se encontravam na sessão proibida. Curiosamente, naquela madrugada de abril chovia copiosamente em Hogwarts, algo anormal para aquela época do ano. De qualquer forma, o clima contribuía para dar um ar ainda mais sombrio a cena.
Rosaleen Hades e Regulus Black passavam a madrugada na biblioteca pela quarta noite seguida, estudando Magias das Trevas, azarações e criaturas que pudessem ser parte de um sistema de segurança para seja lá o que fôsse que Voldemort desejava proteger.
A ruiva desconfiava que poderia ser algum dos objetos que vira durante sua iniciação, embora não soubesse dizer o motivo do Lorde das Trevas querer guardar aquelas coisas. Cansado, Regulus puxou os cabelos para trás, suspirando.
─ Silêncio. ─ a menina pediu, concentrada em sua leitura.
─ São três da manhã e está trovejando. Ninguém vai ouvir meu suspiro, Rosaleen. ─ ele revirou os olhos, voltando a atenção para os papéis que continham as anotações que consideraram mais importantes. ─ Eu me pergunto o que ele quer guardar.
─ Você se lembra de uma caixa aveludada na noite da nossa iniciação? ─ Hades perguntou, anotando um novo feitiço no pergaminho. O rapaz negou. ─ Bom, eu acho que é alguma daquelas coisas.
─ Porquê você acha isso?
─ É apenas uma sensação. ─ parou de escrever, o fitando. ─ Eu acho que já temos informação o suficiente. Vamos apenas decidir o que é mais violento e assustador entre tudo que separamos, e combinar para formar uma proteção muito forte.
─ Você tem razão. Não podemos demorar demais, tenho a impressão de que você-sabe-quem não é muito paciente.
─ Diga seu nome, Black. Um nome não vai nos colocar em mais perigo do que já estamos.
