A familia Hades ─ que tivera sua linhagem iniciada na antiga Grécia ─ sempre foi muito estimada por todo o mundo bruxo. Conhecidos por formar bruxos talentosos, eram também respeitados pelo sangue puríssimo mantido por séculos e a grande aptidão par...
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NA MANHÃ DE SÁBADO, a tarefa mais difícil para Rosaleen Hades fôra se manter de pé, e acordada. As bolsas escuras que se destacavam na pele pálida denunciavam uma péssima noite de sono, mas fora isso, a garota parecia bem; algumas horas mal dormidas não iriam derrubá-la, seu sono já não estava em dia desde o quarto ano, provavelmente. A garota sorriu com o próprio pensamento, como se aquilo fosse algo bom.
Sentada em um sofá confortável no Salão Comunal vazio, ela encarava o teto escuro; pensamentos desconexos ocupavam sua mente, e variavam desde duendes até tecnologias trouxas. Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu passos próximos, rapidamente tirando os olhos vidrados do teto, e se virando para encarar a causa do barulho.
─ Você deveria ir dormir.
─ Você também. ─ ela respondeu, sonolenta. ─ Por quê não está na cama, Regulus?
─ Eu imagino que você saiba como minha mente é ocupada. ─ deu de ombros, se sentando ao seu lado, e soltando um longo e cansado suspiro. ─ Nesses dias, especialmente, não devo estar dormindo mais do que três horas. Pensei que fosse esse o motivo de você estar aqui, acordada a essa hora, também.
─ É sim, em parte.
Com os olhos caídos, Regulus soltou um riso baixo, ao mesmo tempo em que levantava as sobrancelhas, olhando para a ruiva.
─ Diga logo que é por causa de Potter, não se fala de outra coisa pelos corredores. ─ ele contou, se enrolando com as palavras. ─ Ele sente o cheiro de rosas. Eu achei isso bem brega, mas as garotas que me contaram estavam até suspirando.
Hades riu baixo, enquanto mexia distraidamente em uma almofada em seu colo.
─ Ah, sim. Foi muito brega. ─ a garota concordou, séria, e então olhou para o rapaz ─ Talvez você deva dizer algo do tipo em nossa festa de noivado, após Voldemort discursar e oferecer um brinde.
O sorriso do Black se desmanchou, enquanto ouvia o riso arrastado da garota.
─ Você sempre faz piadas com as desgraças que acontecem na sua vida?
─ Sim, o tempo inteiro. Não duraria um dia em Hogwarts se não fizesse.
Regulus não respondeu, apoiando as costas no sofá e fechando os olhos, cansado. Hades voltou sua atenção para a almofada em seu colo, brincando com seus botões. Alguns Grindylows já apareciam pelos vidros, mostrando as presas afiadas e ameaçadoras, ao mesmo tempo em que fixavam os olhos raivosos nos humanos. Ignorando a presença usual das criaturas, Rosaleen quebrou o silêncio mais uma vez.
─ Você não vai contar, vai?
─ Contar o quê? ─ Regulus questionou, com a voz baixa e rouca, seus olhos confusos se abriam lentamente.
