A familia Hades ─ que tivera sua linhagem iniciada na antiga Grécia ─ sempre foi muito estimada por todo o mundo bruxo. Conhecidos por formar bruxos talentosos, eram também respeitados pelo sangue puríssimo mantido por séculos e a grande aptidão par...
ALERTA: No seguinte capítulo, após sentir intenso medo de seu futuro como comensal, Rosaleen sofre de uma crise de ansiedade. Sei que isso pode servir de gatilho para alguns, então caso não se sinta confortável em ler, comente aqui e eu os chamarei no privado e explicarei o que precisam saber. A segunda metade do capítulo, no entanto, não apresenta gatilhos e seu início estará sinalizado com uma foto cor-de-rosa, para que fique bem visível.
✿⊹⊱ 𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝟏𝟔 ⊰⊹✿
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O LONGO CORREDOR de escuridão parecia se estender pela eternidade. Os pés de Rosaleen percorriam o mesmo em uma alta velocidade, buscando deixar o castelo e todos os pensamentos que a perturbavam. Mas não tinha fim; o corredor não se acabava.
Pela última semana, a Hades havia sofrido de diversas crises. Pensar que seu futuro não a pertencia era a mais perturbadora ideia que já havia passado por sua cabeça. Rosaleen Hades costumava ser uma garota decidida, nunca indecisa; sabia que decisões eram as maiores responsáveis por traçar destinos.
E agora, seu destino já estava traçado, graças a sua impulsividade: se tornara uma comensal, como a família decidiu desde seu nascimento, e devia obedecer ao Lorde das Trevas. Deixou as costas escorrerregarem em uma parede, com a respiração entrecortada e ofegante conforme lágrimas finas rolavam pelo rosto rapidamente.
Uma semana havia se passado desde sua iniciação; Rosaleen era muitas coisas ─ arrogante, prepotente, egoísta e várias outras características desagradáveis ─, mas não sabia se estava pronta para aquilo. Sabia que suas intenções eram enfraquecer Voldemort, mas quantas pessoas morreriam enquanto ela tentava?
─ Quem está aí? ─ ouviu uma voz distante, e tentou não fazer mais barulhos que a denunciassem. Gostaria de poder se fundir a parede e desaparecer. ─ Lumos!
Remus Lupin, o mais novo monitor da Grifinória, fazia sua ronda noturna. É claro, Rosaleen deveria ter se lembrado dos monitores. Ela virou o rosto quando o garoto se aproximou, esfregando os olhos e respirando fundo diversas vezes em uma tentativa de conter a tremedeira. Mas era impossível; tão rápido quanto foram secas, as lágrimas voltaram a cair livremente, junto a soluços desesperados.
Ela sentia como se estivesse sendo sufocada, respirar se tornara tão difícil que era como se nunca o tivesse feito antes.
─ Hades? ─ o monitor murmurou, se aproximando e se assustando ao ver seu estado. ─ Você está bem? É claro que não, que pergunta idiota! Você... O que aconteceu? Devo chamar alguém?
A resposta demorou a chegar. Ainda sem se virar para o rapaz, a sonserina se concentrou em formular uma frase.
─ Vá embora. ─ ela pediu, em meio aos soluços, com a voz profunda e rouca. Agora, Remus já se ajoelhava ao seu lado, preocupado. Rosaleen podia sentir sua garganta se fechar. ─ Vá embora, Lupin!
