(POV: S/n)Era nesse dia que eu ia ver o resto dos membros da Ordem da Fénix, ou pelo menos os que estavam vivos. A única pessoa com que eu mantive contacto durante todos os anos depois da morte do James e da Lily foi o Remus, ele me disse que o pequeno Harry ficou à guarda da irmã de sua mãe. Finalmente ia poder ver o filho, agora com catorze anos, do meu melhor amigo.
No ano anterior, Lupin foi professor em Hogwarts e ajudou, com a ajuda de Harry e alguns amigos seus, meu ex, do qual eu ainda gosto, Sirius Black, a escapar do beijo dos dementors (N/A corrijam-me se eu tiver errado o plural de dementor).
Entrei na mansão Black com cautela, as más recordações que eu tinha naquela casa ainda reinavam na minha mente. Quando por fim passei pela ombreira da porta, fui gentilmente acolhida por uma senhora que se apresentou como Molly Wesley, mãe de um dos amigos de Harry, se não me engano.
Dirigi-me até à sala de jantar em silêncio, não fosse o quadro de Walburga começar a berrar o meu status sanguíneo. Quando cheguei ao meu destino, um homem bonito com o cabelo pelo ombros assumiu à porta. Apesar de terem se passado cerca de treze anos, reconheci os seus olhos de um azul quase cinzento, era ele, Sirius Black.
- Aã... S/n? S/a! Olha, não é o que está a pensar, não era eu o... - Consegui perceber que ele ia me explicar o que eu já sabia portanto cortei-o na primeira oportunidade.
- Eu já sei o que aconteceu. Ele - apontei com o queixo para Remus que estava num dos cantos da sala - contou-me tudo por cartas. Inclusive, - abracei-o pelo pescoço - ainda bem que você está fora daquele sítio. Não que tenha vindo parar a um muito melhor - Fiz reparar, sorrindo sem mostrar os dentes.
O resto da tarde passou-se normalmente. Conheci Harry e os seus amigos, gostei principalmente de falar com uma tal de Hermione, ela mostrou-se bastante mais inteligente do que parecia. Soube mais pormenorizadamente do que estava a acontecer em Hogwarts e revi uma foto que Sirius me mostrou da Ordem original.
Pelas oito horas, Molly chamou todos para jantar. Durante o mesmo falaram-me da audiência de Harry sobre um feitiço que ele tinha realizado na frente de um Muggle. O que mais me impressionou não foi estarem dementors num vilarejo qualquer, já se sabia há muito que nem todos eles eram controlados pelo ministério, apesar de este dizer sempre que isso nunca aconteceu, o que despertou realmente a minha atenção foi o facto de um rapaz de catorze anos conseguir invocar um patrono.
No fim da refeição, Sirius e Molly tiveram uma breve discussão sobre o que Harry devia ou não saber. Por mim, ele devia saber mais alguma coisa, afinal ele era a pessoa que mais estava em perigo naquela casa, mas também não precisava saber de tudo e mais alguma coisa, apenas o necessário.
Nessa noite, eu devia dormir no quarto de Buckbeak (N/A: Mais uma vez, corrijam-me se eu não tiver escrito o nome corretamente). Achei estranho, mas lá me aproximei fiz uma breve vénia, como ele correspondeu e me deixou fazer-lhe festas, pude ficar lá mesmo.
Acordei pelas quatro da manhã, sabendo que não conseguiria dormir mais, desci até à cozinha que, para meu espanto, não estava vazia. Apesar de adormecido, lá estava ele, o herdeiro dos Black, sentado numa cadeira com uma chávena de chá meio vazia à sua frente. Peguei na mesma e deixei-a dentro da pia. Voltei a posicionar-se por detrás da minha única companhia a essa hora e comecei a afagar-lhe o cabelo. Era tão macio e sedoso quanto eu me lembrava. Depois de um certo tempo ele levantou ligeiramente a cabeça e falou.
- Ei! Quem é que... - virou o tronco e eu pude ver o seu rosto - Ah, é você, S/n.
Eu me afastei dele e fui até uma janela, retirei o cartão preto que tinham colado ali e fiquei olhando o céu estrelado.
Sem eu me aperceber da sua aproximação, ele pôs uma mão em meu ombro e começou a enumerar várias estrelas.
-...Vega, a segunda estrela mais brilhante da constelação Canis Major, que só perde para a estrela Sirius.
Quando ele falou no astro com o seu nome, eu virei meu pescoço, para assim conseguir observar melhor o homem ao meu lado. Estava lindo como sempre, os seus cabelos não estavam desorganizados, graças a mim. E ele apresentava um pequeno sorriso de canto de boca. Quando se deu conta de que eu estava o olhando ainda, se virou também.
- O céu está lindo - Eu cortei o silêncio que, por sinal, já se tornava desconfortável.
- Queria poder sair daqui pelo menos uma vez - ele suspira - Até podia ir na minha forma animaga.
- Não, não podia. Há pessoas que sabem que você é animago ilegal, já não é completamente segredo.
- Como por exemplo...
- O Lucius, o Snape... - ele fala por cima de mim.
- O Snape faz parte da Ordem, o Dumbledore confia nele.
- Mas ele já foi comensal. E se ele for um espião do outro lado? De qualquer forma, os Malfoy ainda são perigosos.
- Eu sei mas é só algum tempo e... - Eu me esqueço que é de madrugada ainda e começo a gritar.
- POIS, É SÓ ALGUM. TEMPO! MAS É TEMPO SUFICIENTE PARA VOCÊ SER PRESO NOVAMENTE, OU PIOR, VOCÊ PODE, você pode... - Parei de falar e ele aproveitou para recomeçar.
- Eu posso morrer, sim. Mas eu prefiro morrer que ficar preso dentro de casa para sempre, não?
- Não, é só até essa guerra acabar. Depois eu e o Remus podemos tentar inocentar você.
- Mas, se eu sair agora vai ser mais arriscado, ou seja mais divertido. - Eu voltei a perder as estribeiras e a levantar a voz cada vez mais acima do tom.
- POIS, VAI SER DIVERTIDÍSSIMO QUANDO EU TE PERDER OUTRA VEZ! QUANDO TUDO QUE EU PASSEI POR SUA CAUSA NESTES ÚLTIMOS ANOS SE REPETIR! E É POR ISSO QUE EU ODEIO AMAR VOCÊ, SIRIUS BLACK. - Me virei e comecei a subir para o meu quarto, então me apercebi do que tinha dito. Oh porra, eu disse que o amava.
- Espera o quê? Então você me ama? - Ele segura meu pulso que estava pousado no corrimão das escadas.
- Aã, talvez - eu digo de uma forma em que pareceu uma pergunta e não uma afirmação.
Ele dá uma risada baixa e me puxa um pouco mais.
- Que coincidência engraçada, não? - O mesmo sorriso de canto de boca volta a assumir no seu rosto.
Ele retira a mão do meu pulso e pousa as duas na minha cintura. Volta a me puxar, mas dessa vez colocando os seus lábios nos meus, que pareciam se encaixar perfeitamente. Só nos separamos quando a falta de ar se fez notar. Eu ia repetir o gesto, mas uma voz ouviu-se do fim das escadas.
- Vocês os dois, arranjem um quarto. Ainda nem tomámos o pequeno-almoço. Bom dia, falando nisso. - olhei para trás e vi os dois gémeos Wesley a rirem-se com ar safado.
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Oie, esse imagine foi um pouco maior mas eu meio que gostei.
Bezos💗
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Imagines hp ❤️💚💙💛
أدب الهواةVenha se iludir com os personagens de Harry Potter. Pedidos abertos! Começado em: 16/07/2020