𝚂𝚒𝚡𝚝𝚎𝚎𝚗

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Taehyung

O dia de domingo amanheceu radioso. O calor que o sol emanava passava pelas janelas escancaradas, aquecendo gradativamente, o quarto. Os raios de luz intensa bateram em meu rosto, me obrigando a acordar e apreciar a bela vista que era Jungkook dormindo. Constatei que sua boca estava entreaberta, suspiros saiam da mesma e ele estava com o rosto próximo do meu. Sua mão passava por debaixo do meu corpo e me puxava para si, ao mesmo tempo em que eu tentava me desenvencilhar do seu aperto quentinho.

Suas pálpebras permaneciam fechadas enquanto eu levava meus dígitos até suas sobrancelhas bem desenhadas, acariciando aquela área e rapidamente descendo por sua pele macia, parando na minúscula cicatriz. A olhei, era incrível como a mesma era tão pequena que passaria despercebida por qualquer pessoa que não prestasse atenção ou que não olhasse duas vezes para o moreno.

Selei seu rosto com um beijo casto no local onde a mesma descansava, não tirando minha mãos de seu rosto e sentindo o rapaz ao meu lado se remexer. Em questão de minutos, o mesmo abriu os olhos, habituando seus globos oculares à quantidade de iluminação natural que estávamos recebendo. Já eu, esfregava meu polegar em sua bochecha corada, transmitindo um carinho gostoso à sua derme. — Bom dia, Jeonggukie!

— Bom dia, bebê. — assim como a minha, sua voz estava grave e rouca, o que me fez sorrir. Ele fechou novamente suas pálpebras, coçando os olhinhos, repleto de sono e manha. — Dormiu bem?

Eu olhei ao nosso redor, vendo como a cama estava desarrumada, não só porque dormimos ali, mas também pelos acontecimentos da noite anterior. Me lembrava de cada pequeno detalhe, nossos corpos juntos, seus toques quentes e beijos abofados me trouxeram uma felicidade extrema. Ao final da cama, no chão, estavam também nossos roupões, esquecidos. Sentia a minha pele nua roçar nos lençóis de seda suaves, a quentura do seu corpo junto ao meu me enviou boas energias e eu o abracei, o trazendo para mais perto.

— Sim, e você? — questionei, o rapaz não demorou a levar seus braços para minha cintura e, novamente, me apertar contra si, retribuindo o contacto que eu iniciei.

— Com você abraçado a mim? Não sei como poderia dormir mal. — eu sorri, podia sentir seu hálito quente bater no meu rosto e, com certeza, me habituaria a esta vida sem qualquer problema. — Pena que temos que ir embora em pouco tempo, temos um avião para apanhar.

— Não creio que esteja pronto para me despedir de Jeju. Esse lugar é, simplesmente... fabuloso. — olhei pela janela, abraçado ao mesmo, observando, de longe, as ondas azuladas formarem espuma quando batiam nas rochas duras ou na areia quente.

— Não se preocupa, eu trarei você aqui mais vezes, meu anjo.

O olhei, de forma incrédula. — Sério?

— Claro. Quando estiver de férias vou tentar dar um jeito de virmos cá.

Eu sorri, o abraçando ainda mais e afundando meu rosto em seu pescoço, aspirando seu aroma masculino e gostoso. — Obrigada! Eu te amo muito!

Pude senti-lo sorrir contra mim e, em segundos, sua voz foi ouvida. — Eu te ouvi ontem à noite, Tae. — meus olhos se esbugalharam e um calor invadiu minhas bochechas sem permissão, pensei que ele já estava dormindo ontem quando pronunciei aquelas palavras. — Eu sei que já disse, mas nunca me vou cansar de falar que te amo.

Eu sorri, mais uma vez, e tentei desviar o assunto. — Vou tomar bem, tudo bem? — ele assentiu e, antes que eu me levantasse, ele me puxou para si, depositando um beijo rápido em meus lábios, me fazendo o olhar, em uma falsa indignação.

— Você vai despido? Não quer levar sua vestimenta? — antes que eu pudesse dizer algo, ele mudou o rumo da conversa. O mais novo estava falando do roupão que descansava no piso envernizado. — Pode ir lá buscá-lo, eu já vi tudo ontem mesmo. — ele sorriu, de forma sacana, e logo escondi meu rosto por baixo dos lençóis finos.

Apartamento 316Onde histórias criam vida. Descubra agora