Prazer, chamo-me Isabella Pietra Vargas, tenho 18 anos e pertenço a uma das famílias mais poderosas do México. Devo dizer-vos que esta não é simplesmente a história de uma menina que sempre teve tudo de mão-beijada e que por isso tem uma vida superficial. Eu sou a herdeira de um império de drogas, e isso é o que vai dar veracidade à esta história.
Não, eu não sou drogada, mas em algum momento terei que experimentar do provedor do dinheiro que compra os meus lindos sapatos e bolsas.Não nos crucifiquem, pois graças a nós vocês têm acesso ao pó para as vossas festinhas de final de semana, e para relaxarem depois de um dia estressante e exaustivo.
Mas vamos falar de como eu cheguei até aqui e tenho uma herança avaliada em 80 bilhões sem nunca ter precisado trabalhar.
A lembrança mais antiga da minha infância é numa fazenda humilde no interior do México e apartir daí não entendo como cheguei à "fortaleza Vargas".Para entender o início dessa história é preciso conhecer a minha família;
Meu pai, Epifanio Vargas, é um homem de muitos negócios, mulherengo e narcotraficante, mas até que ele é um bom pai ou.... não, com o tempo vocês vão entender o porquê da minha dúvida.
Para descrever a minha mãe, Antonella Vargas, é só falar de uma mulher independente, de muita garra, que abandonou a carreira como dançarina para cuidar de um marido e de uma filha, acreditando que este mundo se limitava apenas aos luxos proporcionados pelo dinheiro ilícito.Quando os meus pais conheceram-se, o meu pai já tinha um pequeno negócio montado nas traseiras da fazenda, onde cultivava maconha e fazia a limpeza da cocaina.A minha mãe era uma grande dançarina, que posteriormente decidiu abandonar tudo devido às promessas feitas pelo meu pai, depois disso eles casaram-se. Três anos após o meu nascimento minha mãe montou o seu próprio negócio de drogas e foi aí que a nossa vida virou do avesso, porque segundo o meu pai, aquele negócio não era apropriado para uma mulher e pela minha idade a minha mãe aceitou arranjar um "laranja" para que tomasse conta do negócio enquanto ela cuidava da família.
Os anos se passaram e com eles o negócio do meu pai foi crescendo até formar o Cartel Vargas, e assim a nossa família começou a controlar metade do caminho do narcotráfico no México. Nesse período, a vontade que a minha mãe tinha de assumir o negócio foi crescendo. Entretanto, ela não poderia ter escolhido o pior momento para confrontar o meu pai com a sua decisão. O meu pai sempre quis ser advogado, mas o destino acabou o levando para o caminho oposto ao das leis, portanto, decidiu esconder-se na política tornando-se candidato a Presidência da câmera Municipal de Sinaloa, uma das maiores cidades mexicanas. Para que isso acontecesse, ele precisava ter a minha mãe ao seu lado para sustentar o lema da sua campanha:" México é a minha família". As discordâncias eram tantas que eles partiram para a agressão física, e foi aí que as coisas mudaram de vez. A mãe fez as malas e saiu de casa decidida a retomar as rédeas do seu negócio. Não foi a primeira vez que isso aconteceu, mas dessa vez deu para notar que ela não voltaria atrás.Eu não posso dizer que preferi ficar com o meu pai, mas sabendo como é difícil iniciar um negócio no México e sem proteção de nenhum dos Cartéis. A solução era só uma, ficar com o meu pai, e impedi-lo de matá-la.
O negócio da minha mãe não era o que realmente preocupava o meu pai, mas sim, o facto de que minha mãe poderia pedir a sua metade por direito do Cartel Vargas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A filha de um traficante
Historical FictionEsta é a história de Isabella Vargas, filha de um dos maiores traficantes de drogas do México. Nesta saga iremos acompanhar a jornada da família Vargas e entender os sentimentos de Isabella....