Parecia ter esperado uma eternidade por este dia, mas finalmente era sábado.
Meu único desejo era ficar dormindo até tarde, pelo menos até umas catorze horas, pois era o único dia em que isso era possível. Era o que pretendia, mas Duane e Pete estragaram os meus planos me acordando de madrugada.
Estava tendo um dos meus melhores sonhos. O sol lá fora ainda brilhava timidamente enquanto babava no meu travesseiro. Aquilo era ótimo. Foi quando alguém interrompeu o meu sono, batendo na porta com certa ignorância. Murmurei e, ainda de olhos fechados, disse com a voz sonolenta:
– Duane, alguém está batendo na porta. Você não vai atender? – Não houve resposta alguma. – Duane...?
Contra a minha própria vontade, abri os olhos e me sentei. Esfreguei os olhos. O japonês não estava na cama ao lado, como de costume. Ele sempre dormia até mais tarde nos finais de semana.
– Duane já se levantou?! – perguntei para mim mesmo, surpreso. – Que estranho...
As batidas na porta eram insistentes. Grunhi como resposta e me obriguei a rastejar para atendê-la. Levei um susto quando disseram em coral:
– Bom-dia, Pat!
– Duane? Pete? Que diabo vocês estão fazendo, me acordando a esta hora?
– Hoje é o dia da disputa. Vamos decidir quem será o seu vice-presidente. – Lembrou o japonês.
Tentei me lembrar do maldito momento em que combinara aquilo.
– Que horas são? – Semicerrei os olhos.
– Sete – respondeu Pete.
– Sete da madruga? Vocês são loucos? Hoje é sá-ba-do!– enfatizei cada sílaba. – Não poderíamos fazer isso num horário mais conveniente? Tipo assim... quando eu já estivesse acordado?!
– Desculpe, não queríamos incomodar você. Só queríamos começar logo a competição. – Pete tentou fazer uma cara de cãozinho abandonado, o que ficou pavoroso e engraçado.
Dei uma risada curta.
– Tudo bem, vocês venceram. Já estou de pé mesmo... – Dei de ombros. – Vou tomar um banho.
Lá se fora o meu dia! Aprontei-me e retornei ao dormitório secando meus cabelos com uma toalha, quando me deparei com algo completamente inesperado: minha cama estava arrumada! Isso era algo inédito, pois nunca em toda a minha vida a havia arrumado. Fiquei pasmo com a novidade.
– O café vai esfriar... – cantarolou horrorosamente Pete, com sua voz totalmente desafinada.
Interrompi o que estava fazendo.
– Que cheiro maravilhoso é esse? – estranhei.
– Fizemos o seu café da manhã – ele esclareceu. – Espero que goste.
Arregalei os olhos, mas não quis tentar entender. Estava morto de fome e nunca tivera duas opções de café da manhã. Tomei ambos! Dado um tempo, perguntaram:
– Qual estava melhor?
Fiz cara de pensativo, mas na verdade não refleti a respeito.
– Não sei bem... Não tenho certeza. Os dois estavam ótimos!
Eles pareceram meio desapontados.
– Vamos continuar – sugeriu Duane.
Fomos até o pátio da escola e sentamos na escadaria. Era uma fria manhã. Olhei ao redor e só havia mais outros cinco estudantes acordados. Duas líderes de torcida comiam o seu café da manhã, que era uma deliciosa salada de alface e tomate. Urgh! Dois amigos jogavam bola e uma nerd maluca estava com um livro escolar em mãos, estudando. Ao me aproximar dela, acabei reconhecendo-a: era Jill Lily Sawyer, claro. Revirei os olhos e suspirei.
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Teenagers #1
Teen FictionPatrick Wild. 15 anos. Eleito o pior aluno da classe. Também conhecido como ovelha negra da família. Já mencionei que ele bombou em matemática e quase foi expulso da escola? Pois é, agora nem adianta apelar com sua cara de cãozinho abandonado para o...