Capítulo 18

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Harry sabia que não ganhava muitas discussões contra Hermione, já que ela sempre era mais lógica e sensata que ele e Ron juntos. Só que, desta vez, Harry Potter era a pessoa mais certa e sensata de todo o velho prédio de quatro andares que o os seus melhores amigos moravam. Carregar uma pessoa, por pelo menos 8 lances de escada, era uma missão de pelo menos três pessoas, e que uma delas não incluísse uma grávida gritando para todos saberem que ela poderia sim ajudar, ou então um ruivo raivoso e desajeitado que se recusava a deixar a esposa grávida a pegar qualquer tipo de peso e por fim um advogado rico que só conseguia rir da cara do recém saído do hospital. Este último, grunhiu de dor para cada vez que Ron puxada seu braço com força ou batia sua perna engessada nos corrimões da escadaria.

Depois de todo esse deus nos acuda, finalmente Harry estava deitado no seu tão conhecido sofá cama do quarto extra do apartamento. Agora, o quarto contava com baldes de tintas amarelas claro e uma ou duas roupinhas de bebê embaladas por cima de alguma caixa de papelão qualquer, talvez fossem até mesmo alguma caixa esquecida vinda diretamente da antiga casa que Harry dividia com Gina e seus filhos. O moreno tinha a testa suada e brilhosa por todo esse sufoco de ser transportado por ron.

- Harry, amanhã pela manhã, nós vamos pegar as suas coisas no seu apartamento. - disse Hermione no pé da porta do quarto.

- Se eu soubesse que você ia voltar tão rápido para cá. - começou o ruivo enquanto limpava o suor da cara. - Eu não tinha discutido tanto com a Gina para poder pegar suas coisas.

- Nem eu achava isso. - respondeu o moreno encostando a cabeça no estofado velho do sofá. - Eu não to mais achando nada mesmo.

Ron sabia que para Harry, voltar para ali era como dar alguns bons passos para trás.

- Veja por um lado bom, somos ótimos senhorios. - comentou Ron com um sorriso. - O aluguel pode ser pago amanhã, sem pressa.

- Não se preocupe. - disse Harry. - Eu vou lhe pagar agora, pera.

O moreno começou a olhar para os lados e colocou a mão no bolso e anunciou que havia achado o pagamento.

- Aqui.

E com toda classe e maturidade de anos de amizade, Harry estendeu o dedo do meio para o ruivo e dizendo que ele socasse o troco no cu.

- Se você dois agirem desse modo perto do meu filho...

- Nosso filho.

Disse o ruivo cortando de imediato a namorada, Hermione não conseguiu continuar com a bronca e sim, abriu um grande sorriso e abraçou Ron pela cintura.

- As vezes, eu acho, que eu não tenho moral algum com vocês. - comentou Hermione vencida pelos amigos.

- Se tem alguém que pode ter esses dois na palma da mão. - interrompeu Draco. - Esse alguém é você. Pelo amor de Deus, eles na escola eram impossíveis.

- Eles são. - completou a castanha. - Mas, existe uma pessoa que bota muito mais medo neles dois do que eu.

- Quem? - perguntou o platina endireitando a postura e tirando algum fiapo do pelo de Moody que estava preso no seu terno fino e caro.

- Molly Weasley. - comentaram os três amigos e logo em seguida se entreolharam antes de darem risadas frouxas e gostosas. A matriarca dos Weasleys podia não ter um único filamento do seu DNA correndo por alguma veia de Harry, mas a senhorinha baixa e gorducha foi a mãe que a vida presenteou o moreno. Ao contrário dos seus tios, os Weasleys foram e são os grandes exemplos de pais que Harry Potter idealiza, tanto para si, como para seus filhos. Um dos medos do moreno, quando Gina pediu o divórcio, foi de perder a sua família, não só seus filhos ou sua ex esposa, mas o restante dos Weasleys também. Que eram, até então, parte da sua família.

Obsoleto e em Desuso (DRARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora