Capítulo 14

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Pansy queria suspirar aliviada, queria sentir paz no seu coração e na sua mente em saber que um de seus melhores amigos estava bem, mas ao saber que Harry estava ferido, que estava desacordado e em níveis que ela não imaginava, seu corpo não teve paz.

- Snape, o que aconteceu com Harry? - perguntou Blásio.

- Eu ainda não sei exatamente. - começou o professor. - Eu apenas sei do estado do Sr. Potter, porque assim que cheguei a ambulância que o trazia chegou. E avaliando o estado que vi o seu corpo na maca, não creio que ele irá sobreviver.

- Com licença, eu estou aqui atrás do meu esposo, o nome dele é Harry Potter, aqui os documentos, isso Ginerva Weasley Potter.

O nome de Gina fez Blásio e Pansy se virarem em direção a recepção e verem a ruiva vestida em um terno cinza e duas crianças ao seu lado, James, o mais velho, tinha os cabelos ruivos muito escuros, quase castanho, várias sardinhas pelo rosto infantil e a pele morena como a do pai. Alvo, o mais novo, era uma cópia tão real do pai que assustou Snape ao se virar, devido a atenção que seus antigos alunos deram para a recepção. A única coisa que fazia Alvo não se parecer tanto com o pai era o corpo gorducho e falta dos óculos redondos no rosto.

- Ele está em qual ala? - Gina perguntou para a recepcionista informando onde ficava a emergência do hospital e a ruiva disse que sabia por onde ir.

- VOCÊS NÃO PODEM ME PROIBIR DE IR ATÉ LÁ, NÃO PODEM!

Mais uma voz em meio ao caos do hospital chamou a atenção do quarteto e essa voz fez Pansy e Blásio correrem até o final do corredor em que eles estavam e abraçarem Draco de surpresa. O platinado, quando reconheceu o corpo musculoso de Blásio e o esguio de Pansy o seu corpo robusto se deixou cair dentro daquele abraço, aquele abraço que ele conhecia a tantos anos, que foi casa quando brigava com seus pais, que foi colo, quando teve suas desilusões amorosas de adolescente, que foi refúgio quando a morte lhe fez visitas em vários momentos da sua vida. E agora, aquele abraço era algo que ele precisava e nem sabia exatamente o porquê, mas sabia que precisava.

- Por deus Draco. - comentou a voz embargada por lágrimas de Pansy.

- Você quer matar a gente do coração, seu filho da puta. - completou Blásio segurando as lágrimas.

- Como assim? - perguntou confuso. - Eu estou bem.

De fato, para uma vítima de um tiroteio, Draco Malfoy parecia bem e como Snape havia relatado, alguns arranhões no rosto, um rasgo no ombro do terno que ele vestia. No entanto, uma coisa os outros dois não compreendiam.

- E esse sangue. Por deus!- a morena tapou a boca quando viu melhor o estado em carmim que manchava as vestes de Draco.]

- Foi de uma das vítimas, foi um horror. - comentou com a voz pesada e ele olhou para a pessoa que vinha caminhando pelo corredor.

- Gina!

- Sr. Malfoy? Você também estava no acidente? Você está bem? - perguntou assustada ao ver a quantidade de sangue na roupa do platinado.

- Eu estou, mas eles não deixam eu entrar na parte da emergência em que Harry está. - comentou Draco com a voz raivosa. - Eu tentei, mas não deixaram

- Perdão? - a ruiva estava confusa, sem saber muito bem o que estava acontecendo. - Não se preocupe, eu lhe informo caso algo aconteça de mais grave.

A voz de Gina era calma e imparcial, tão imparcial que deixou Draco sem chão.

- Mamãe, o papai se machucou de novo?

Malfoy mal tinha percebido que Gina estava com seus filhos, ele só queria poder ajudar Harry, saber notícias, qualquer coisa.

- Nós vamos já já descobri, meu amor. - ela respondeu para James.

Obsoleto e em Desuso (DRARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora