❛ Quando as pessoas se aproximam de
mim, eu me sinto encurralada.
E pulo fora. E eu as culpo por isso. ❜STYLE:
angust.
THEME:
nem o reconhece.ADVERTÊNCIAS:
menções a uso de cocaína
e relacionamento tóxico.
── PRECISAMOS CONVERSAR, Rafe!
── 'Está tudo bem, S / N' ── Você teve que arrancar o telefone do ouvido enquanto ele gritava na linha, sua voz alta sobre a música que filtrava pela ligação. Enquanto você estava trabalhando, ele estava se divertindo, como de costume. ── 'Olha, eu ... eu disse que ia sair hoje à noite. E você disse que estava tudo bem. Então está tudo bem.'
Ele não era ele mesmo. Este não foi o Rafe por quem você se apaixonou durante o último ano do ensino médio, o Rafe pelo qual você passou os últimos dois anos voltando para casa, que sempre a fazia rir e sorrir e que a fazia se sentir segura. Este não era ele - este era um monstro.
Um monstro que mal conseguia passar um dia sem algum tipo de efeito, algum senso de validação, algum tipo de distração do mundo real. Doeu vê-lo assim, ouvir sua voz estalando no telefone quando você sabia que não era a recepção de merda que fez sua voz falhar. Vocês dois estavam se apaixonando um pelo outro e nenhum de vocês sabia o que fazer.
── Venha para casa, Rafe. ── Ele não sabia dirigir. Você percebeu isso depois de já ter dito a frase e rapidamente sugerir que o buscasse no caminho do trabalho para casa. Rafe achou isso um absurdo.
── 'Não preciso de babá, S / N.' ── Ele estava arrastando as palavras, uma sugestão de reação em seu tom ofensivo. ── 'Você não é minha mãe.'
── Do jeito que você tem agido, estou com vontade, Rafe. ── Você provavelmente não deveria ter dito isso porque a próxima coisa que Rafe fez foi desligar.
Você ouviu o tom de discagem e afastou o telefone do ouvido, zombando ao perceber que ele havia encerrado a ligação. Beliscando a ponte do nariz, você fechou os olhos com força.
── Porra.
Rafe só voltou para casa naquela manhã, como sempre fazia.
Quando você ouviu a porta da sua casa e do apartamento de Rafe abrir, eram 6h23 da manhã. Suas cortinas fizeram um trabalho fantástico em manter a luz do sol fora do quarto enquanto você esfregava os olhos na esperança de que eles se ajustassem à falta de luz. A porta do quarto se abriu e você ouviu um suave "merda" emergir da escuridão.
Você se sentou.
── Rafe? ── Você disse em um murmúrio.
Não adiantava tentar ver no escuro da sala, mas, no final das contas, você sabia que era ele. Isso havia se tornado uma rotina: festas, entrar sorrateiramente em horas horríveis, rastejar para a cama como se nada tivesse acontecido. Foi um ciclo ao qual ambos se acostumaram rapidamente.