mon amour, Device /// Mark Lee

Wednesday

O jovem canadense havia chegado no trabalho um pouquinho mais cedo que o costume, coisa que deixou seus amigos intrigados.

— Ele está muito animado. — Johnny caminhou até Mina que observava Mark colocar o avental.

— Pois é. — A menina cruzou os braços enquanto suspirava.

O Lee caminhou até o balcão e ficou lá, atendeu alguns clientes mas sempre de olho no relógio esperando dar a hora para que pudesse ver Maxine. Estava muito ansioso, queria muito vê-la de novo, poder sentir o que havia sentido no dia anterior quando conversava com a mais velha.

Mark esperou, esperou, e esperou. Pensou em vários motivos para que a Device não comparecesse como prometido, talvez tenha tido um compromisso de última hora, talvez ocupada com o livro novo ou apenas tenha se cansado da cara do Lee.

Quando a porta do estabelecimento se abriu revelando a figura perfeita de Maxine o canadense só faltou explodir de felicidade. E lá estava ela como prometido, atrasada mas lá estava. A mulher sorriu e acenou para o jovem que logo retribuiu sorrindo alegremente. Mas seu sorriso, radiante por sinal, foi morrendo aos poucos quando reparou que a pequena não estava sozinha como nos outros dias.

Havia um rapaz logo atrás de si, alto e forte, cabelos arrumados e sorriso cativante. Quando seu olhar se encontrou com o do moreno Mark se sentiu intimidado, não porque o outro havia feito cara feia ou algo do tipo mas sim porque o rapaz era muito bonito.

O canadense desviou o olhar sentindo seu coração falhar, se sentiu triste e nem sabia o porquê. Assistiu ambos sentarem na mesma mesa de sempre, o rapaz tirou o paletó e sorriu para Maxine que comentava algo para si.

Suspirou e foi até o lugar se arrependendo quando ouviu a risada suave da mais velha soar em seus ouvidos. Por um momento sentiu ciúmes, ela olhava para o outro com tanto carinho e sorria de um modo tão doce.

Então foi por isso, por isso ela demorou tanto, estava ocupada com outro homem. Nem em seus sonhos ou em qualquer momento poderia ser comparado com um homem como aquele e isso deixava o canadense mais chateado.

— Oi Mark. — Maxine sorriu para o "amigo" e logo percebeu o outro um pouco aéreo o que fez a mesma se preocupar. — 'Tá tudo bem? — Max inclinou a cabeça para o lado observando bem o canadense.

— H-hum? Sim! Está sim. — Mark balançou a cabeça e sorriu. — O que vão querer? — Olhou para ambos que estavam na mesa. Maxine achou estranho o comportamento do outro mas decidiu ignorar.

— Chá gelado. — Lucas, que até então apenas assistia tudo calado, sorriu para o rapaz ali parado. — E torta de limão! Max adora torta de limão. — O mais velho sorriu para a irmã que apenas negou com a cabeça.

— Não quero comer. — A francesa voltou sua atenção para o mais novo que apenas a olhava. Ele estava diferente, seu olhar não era o mesmo de ontem, parecia intrigado. — Só café mesmo. — Tentou sorrir mas estava preocupada.

— Ah. — Lucas se encolheu na cadeira, o clima estava estranho, Max e o garoto não paravam de se olhar o que fez o moreno limpar a garganta chamando a atenção dos dois jovens.

— B-bom. — Mark olhou para Lucas envergonhado, ficou com medo do outro ter pensado algo de errado. O moreno ali era o dobro do seu tamanho, fora os músculos dos braços. Se Mark levasse um soco provavelmente morreria ali mesmo.

O mais novo tratou de correr para a cozinha, fechou a porta e olhou para o amigo americano que apenas o encarou com uma sobrancelha arqueada.

— Tudo bem? — John terminou de decorar o bolo e se aproximou do amigo. Mark estava com os olhos marejados o que preocupou o americano. — Marky, o que houve? — Johnny abraçou o mais novo com carinho tentando passar conforto.