mon amour, Device /// Mark Lee

Thursday

Maxine entrou no estabelecimento cantarolando enquanto carregava seu notebook. Olhou ao redor procurando Mark mas não o viu no local, deduziu que o mais novo estava na cozinha então apenas foi se sentar.

A francesa estava muito animada, estava se sentindo inspirada, sentia a adrenalina correndo em suas veias. Devem estar se perguntando o porque, não havia acontecido nada demais, ela apenas acordou assim. Ou melhor, acordou pensando no garoto da cafeteria.

Ligou seu velho companheiro e olhou ao redor mais uma vez. Maxine estava com vontade de sentir coisas novas, criar novas experiências e se tocou disso quando ligou seu notebook antes de sair de casa e viu o quanto havia escrito.

Ficou muito feliz, seu irmão ficou feliz, seus peixinhos dourados ficaram felizes. Ela queria ver Mark feliz também, por isso decidiu ir mais cedo ao lugar só para poder apreciar os olhinhos redondos e curiosos do Lee.

Mark estava sentado no balcão da cozinha enquanto mordia um biscoito amanteigado, não estava afim de sair dali, os biscoitos, o ambiente quentinho por causa do forno e o olhar carinhoso de Johnny sobre si fazia o canadense querer morar ali.

Ainda estava chateado mas também estava bravo, bravo consigo mesmo por ser tão bobo ao ponto de ficar assim por algo tão banal. Maxine era uma mulher livre, bonita e tem todo o direito de sair com o rapaz – Mark apenas queria ser um desses rapazes com quem ela saia –.

— Marky, precisa ir. — John beliscou o braço do amigo fazendo o mesmo o olhar irritado. Johnny amava essas carinhas que Mark fazia.

— Não quero John. — O menor fez birra fechando os olhos. — Não quero ter que ver aquela cena de novo. — Mark desceu do balcão e olhou para o amigo que sorria desacreditado. — Posso te ajudar na cozinha hoje! — O mais novo sujou as mãos com farinha enquanto olhava em volta procurando alguma massa.

— Não senhor, sabe que Mina precisa de você lá. — Mark revirou os olhos e suspirou em seguida. — Se a Maxine estiver sozinha, você vai? — O menor balançou a cabeça em concordância.

John caminhou até a porta e olhou para a mesa encontrando a morena concentrada no notebook. Sorriu ao ver que a mesma estava sozinha e logo voltou sua atenção para o canadense que desenhava corações na farinha espalhada pelo balcão.

— Ela está lá. — Mark olhou para o americano com os olhos brilhando. — Está só. — John cruzou os braços sorrindo. — Agora vá! — O coreano-canadense saiu da cozinha com o olhar direcionado a mesa da moça, respirou fundo limpando as mãos no avental e caminhou até a mesma.

Max terminou de escrever a última palavra e quando pensou em olhar ao redor – a procura de Mark mais uma vez – sorriu ao ver o rapaz em sua frente. Ele estava sorrindo mas não era o mesmo sorriso que costumava direcionar a si, o que deixou a francesa desconfortável. 

— Bom dia Mark. — Sorriu vendo o outro desviar o olhar para um canto qualquer. — Como está hoje? — Queria muito saber o que havia acontecido com o outro, nunca foi intrometida mas o comportamento de Mark estava matando a mulher.

— Naquelas. — Mark riu mas logo limpou a garganta constrangido. — Café? — Viu a morena morder o lábio inferior e logo em seguida suspirar.

— Aconteceu alguma coisa? — Maxine estava se segurando ao máximo mas Mark a deixava curiosa, queria falar com ele, saber o que ele estava sentindo.

— Ahm... — Mark parecia surpreso, ele mexia as mãos e tentava conter o sorriso. Maxine estava preocupada consigo, ele poderia explodir nesse exato momento. — Não, não aconteceu nada. — Finalmente deixou o sorriso escapar vendo a outra em sua frente torcer o nariz.