Gael
Me recostei nas almofadas da cama, ainda com a imagem do rosto de Melanie na mente. Pela luz ténue pude perceber o seu incômodo enquanto assistia Camila me chupar. Seus olhar era de choque, sobretudo quando decidi encara-la, sabendo que ela estava ali. De início não foi premeditado, quando convidei Camila para subir até meu quarto, que ela nos visse num momento tão íntimo, mas quando reparei na porta mal fechada, a deixei deliberadamente do mesmo jeito. Sabia que Melanie em algum momento subiria para preparar meu quarto, e se nos encontrasse assim, eu me divertiria assistindo sua reação. Ela que assistisse ao que estava perdendo. Quem me chupava era Camila, mas eu queria que fosse ela, pensei, enquanto a olhava ali paralisada diante do que via. Seus olhos se assustaram ao contato dos meus, recuando e fugindo. Tive vontade de ir procurá-la assim que Camila foi embora, mas me contive. Eu prometi nunca mais chegar perto, e eu ia cumprir, por mais que meu corpo desejasse o dela com todas as forças.
••••
Desci para o café da manhã. A mesa já estava posta, mas não vi Melanie no cômodo. Provavelmente hoje ela me evitaria, ainda incomodada com o episódio de ontem. Qual não foi o meu espanto quando ela entrou na sala, com uma caneca de café fumegante em mãos.
— Bom dia! — não olhou meus olhos, mas se aproximou para me servir o café.
— Bom dia! — respondi, observando suas mãos trêmulas.
— Vai desejar ovos mexidos? — dessa vez me olhou tentando mostrar a serenidade que não sentia.
— Não, obrigado.
— Com licença.
— Espere! Me sirva água também, por favor.
— Claro. — pegou no jarro da água e me serviu.
Bebi um pouco da água gelada. Melanie esperava nervosa que eu a dispensasse, seu olhar voltado para a mesa evitando o meu.
— Estava com sede. Ontem você esqueceu de deixar água no meu quarto. — a provoquei.
— Eu não esqueci, apenas não quis interromper o que estavam fazendo. — respondeu, me fazendo esboçar um sorriso por ter sido tão direta. Pelo menos não tentou se fazer de boba, fingindo nada ter visto.
— Não precisava ter fugido. Eu não ia comer você. — suas mãos esfregaram nervosas uma na outra.
Dei uma golada de café e me levantei da mesa, me aproximando dela.
— Embora eu tivesse muita vontade. Queria muito que tivesse sido você ontem. Ia adorar ver essa boquinha bem aberta para me receber bem fundo, Mel. — sussurrei perto do seu ouvido sem encostar nela, cumprindo a maldita promessa que fiz. — E não só a boca, para falar a verdade.
— Nunca acontecerá, por que você trata as mulheres como se fossem um objeto de satisfação sexual.
— Eu? Você viu Camila sendo obrigada a algo?— ficou em silêncio. — Você poderia ter assistido até ao final, e saberia que ela apreciou tanto quanto eu. Ambos fomos usados para satisfação sexual naquele quarto.
— Ela sabia que você deixou a porta aberta, de propósito, para eu assistir o que estavam fazendo?
— Não. E eu não deixei a porta aberta de propósito, só não a fechei quando a percebi entreaberta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Fazenda ( Será retirado a 7/11/21 ) Já disponível na Amazon.
Ficción GeneralGael Borges, tem 28 anos, e é dono da fazenda Santa Clara, onde se dedica à criação de cavalos mangalarga. Ele é um homem quente, pecaminoso, e que não rejeita uma boa dose de sexo. Não gosta de relacionamentos amorosos, nem compromissos. Também...