Chegando À Festa.

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Fernanda A.

Ring... ring... ring... Ouvi o telefone tocar, era o "Gu".
Ligação On.
Linha 1.: Oi Nanda, onde está? Perguntou-me ele.
Linha 2.: Olá Gu, estou em casa, estaria dormindo se não fosses tu a acordar-me. Respondi.
1.: Dormir...? Não vens à casa da Carmen? Perguntou-me.

Dei uma pausa na tentativa de ver rapidamente as horas, quando vi, 6h30mim da tarde...

2.: Hahaha...! Gu, estou a caminho, só você para não perceber as minhas piadas. Falei levantando da cama rapidamente.
1.: Ahmmm... tá! Disse ele duvidando... Até já então. Terminou.
Ligação Off.

Carmen é minha melhor amiga, se eu me atrasasse, ela zangaria, apressei-me ao arrumar-me e desci as escadas, percebi que minha mãe estava dormindo, e ao ver as chaves do carro, não pensei duas vezes, levei-às, não queria que a minha amiga zangasse, então, tinha de ser rápida.
Essa foi a minha justificação enquanto entrava no carro.

Carmen T.

Ouvi alguém a bater a porta, todos já estavam na festa, era fácil adivinhar quem era...

- Olá, Sr. Pontual. Falei abrindo a porta em tom de brincadeira.
- Você sabe como é... Respondeu ela dando-me um abraço. Olha aqui, hoje vamos mandar ver. Disse mostrando-me as chaves do carro enquanto entrava.
- Huuiii... alguém cresceu... kkkk... Falei gozando.

Foi tudo muito bom, óptimo, estava tudo bem, todos os meus amigos, vizinhos, conhecidos e familiares estavam presentes, brincávamos, até que, Luís, colega nosso da escola disse:
- Gira garrafa.
- Obah... agora sim. Disse Alice, uma das boas amigas que a escola me apresentou.
- Mas vamos esquentar um pouco as coisas, no lugar de beijinhos, vamos colocar verdade ou desafio. Disse Luís.

Luís sempre foi um colega indisciplinado, que fazia parte daquele terço da turma que gostava de lançar piadas durante as aulas, gostava de esquentar as coisas mas sempre escapava, eram um sortudo, um sortudo indisciplinado.

Começou a brincadeira, éramos 6 no total, porque já estava tarde, e todos já tinham ido, todos menos os meus amigos.
A primeira caio para a Alice, ela preferiu verdade, mas fizeram uma pergunta leve... deixamos passar.
A segunda para a Fernanda, ela escolheu consequência, como sempre, gostava de arriscar, uma vez que viram o carro que ela trazia, foi desafiada a dar uns Drift's na rua, eu não concordei, mas Gu disse...

- Vai, vai, vai... ou tem medo hein...?
- Medo que nada... Adrenalina é o meu nome do meio. Falou ela toda confiante enquanto saía da sala.
- Acho melhor não. Disse eu meio preocupada.
- Tem calma garota, o que pode dar errado...? Falou Fernanda indo em direcção ao carro.

Então foi, entrou no carro, começou a girar-ló, só que, ela perdeu o controle e foi embater na mercearia do Sr. France, que ao se aperceber do embate, saio para ver o que se passava, e ao ver que se tratava de uma menor de 18 anos, ligou à Polícia para informar o incidente.

Uma simples brincadeira acabara em um caso policial.

Jéssica A.

Levantei-me, vi que ela não tinha mexido no almoço, subi para ver se estava no quarto, ao abrir a porta, ninguém estava lá, entendi que já tinha ido para a festa.

- Opah... Não meti o carro na garagem, ainda o roubam, melhor tratar disso já. Falei saindo do quarto dela, indo levar as chaves.
Chegando à sala, não as encontrei, pensei logo que as tivesse deixado no carro, saí para deixar o carro na garagem, não o vendo, entrei em pânico...

Voltei rapidamente, imediatamente para dentro de casa na tentativa de ligar a Polícia para informar o que tinha acontecido, foi quando ouvi o celular tocar:
Ring... ring... ring
Ligação On:
Linha 1.: Estou sim boa noite. Falei atendendo o telefone ainda em pânico...
Linha 2.: Alô! Estou falando com a Sr. Jéssica? Perguntou a voz de outro lado da linha.
1.: Sim, com quem estou eu a falar...? Perguntei intrigada.
2.: Aqui é o agente Thomas, da Polícia...

Eu querendo ligar para a Polícia e a Polícia liga para mim, que conveniente... Pensei.

1.: Sim... O que houve...? Perguntei meio preocupada...
2.: Peço que venha imediatamente ao 12° Distrito minha Sr. sua filha está cá.
Ligação Off.

Apressei-me em arrumar-me, até esqueci-me de registar a ocorrência com o agente de tão preocupada que eu estavaava, saí nas pressas.

- O que houve...? Cadê a minha filha? Falei logo ao entrar no Distrito.
- Minha Sr. sua filha acidentou e, tendo atingido a mercearia desse Sr. Aqui (falou apontando ao Sr. France), decidiu chamar a Polícia. Falou respondendo-me.

Dirigi-me ao Sr. France, e disse-lhe:
- Desculpe-me meu Sr. pelo o que houve... Gostaria que não resgitasse a ocorrência e eu cobrirei os danos causados.
O Sr. France mostrou-se receioso, mas acabou por concordar, o agente policial não registou a ocorrência, e eu paguei o que foi necessário para arranjar tudo.
Dirigi-me a cadeira que a Fernanda estava sentada, e disse...
- Senhorita, vamos para casa!

Fernanda A.

Eu sabia que tinha feito algo muito errado, não devia ter levado o carro e como se não bastasse, ainda fui cometer um acidente, e que uma boa noite de berros e briga, me esperava, mas não podia baixar a minha crista, fiquei na minha.
A viagem parecia muito longa, aquele clima era tão pesado tão denso que até um cego podia ver. Decidi quebrar o gelo:
- Mãe... ( Falei querendo iniciar uma conversa)
- Não, chega! Falou ela interrompendo-me.
Eu tentei de tudo, te privei de tudo, dei-te liberdade, fiz de tudo para que entrasse na linha, mas a verdade é que eu não consigo, não aguento mais o que tem me aprontado todos os dias,
- Você vai morar em Lisboa com o seu Pai!

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