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BOA LEITURA

A segunda feira deu tchau para o final de semana

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A segunda feira deu tchau para o final de semana.O sol fraco tentava abrir no ceu de bulley.As arquibancadas de North Valley estavam lotadas de estudantes.Hoje era dia de jogo.Dia de competição.
Na grama as torcedoras dançavam e cantavam alto.
Na terceira arquibancada Amora e Ester estavam sentadas juntas.

Amora não conseguia desviar os olhos da prima.Ela sorria como se nada tivesse acontecido.A maquiagem estava um pouco forte para esconder a ressaca e do dia mau dormido.Quando chamou a prima para conversar,ela negou tudo.Inclusivamente a ligação que havia recebido.

Um mascoste apareceu dançando no meio do campo.Muitos assobios e gritos sairam de toda arquibancada.Amora começou a se sentir incomodada.

—Vou ao banheiro.—Sorriu.

Levantou pedindo licença para alguns estudantes da fileira.Alguns nem se moveram e ela foi obrigada a passar sem se desculpar.Entrou no corredor e foi em direção ao banheiro.Uma pessoa veio em sua direção,ele tinha o uniforme do jogador de time.

—Olá.—Sorriu quando a cumprimentou.

Amora receosamente seguiu o rapaz com o olhar até ele entrar no campus.Quem era?Perguntou para si mesmo.Quando terminou suas necessidades,ao sair do banheiro seu celular tocou e tornou-se um eco naquele corredor vazio.

—Alô?—Prendeu o celular entre a orelha e o ombro.

—Amora S'Ruthson!—A voz lenta e grave.—Você nao achou que eu ia esquece-lá rápido demais.Não é mesmo?

Ela tirou rapidamente o celular da orelha e o desligou.Travou-se olhando para todos os lados.Como ele havia consigo?

Com medo e receosa caminhou para o jogo no campus.Ao sentar-se,recebeu o olhar sarcástico de sua prima.

—Vai pra cima!

Ester gritou levantando-se e sentando logo em seguida.O toque vibrador do celular na sua mao,lembrou que nao havia guardado desde que ouviu a voz dele.Na tela mostrava uma notificação de mensagem.Ao abrir assustou-se com o que estava escrito.Rolou os olhos por todo gramado e parou em Elisa.

Venha me encontrar depois do jogo!Se você nao vir,eu irei.

Ela fechou os olhos com força,começo a soar sem necessidade e suas mãos tremulas a deixando com sensação estranha.

—Amora?—Ester a chamou pela decima vez.Ela olhou assustada.—Você esta bem?Essa é a terceira vez que te chamo.

—Eu..Eu preciso ir.—Amora abaixou e pegou sua bolsa deixando o campus com urgência.

Não conseguia lembrar-se muito bem onde havia o encontrado.Mas foi para onde tiveram a noite de vagalumes.Não sabia o porque,mas na mata a clareza da cidade sumia.Uma cumulonimbus tomou conta de todo o céu acima da floresta.Mas ainda enxergava e dava pra ver por onde andava e o caminho que seguia.

O som da agua da cachoeira começou-se a prenunciar metros de onde ela se encontrava.Nunca havia visto uma de perto,então aproveitou para seguir aquele som.Mas uns dez minutos caminhando,conseguiu visualizar uma correnteza de água caindo de um lugar alto.Pela primeira vez depois de tanto tempo,ela conseguiu abrir um sorriso e esquecer de tudo que havia passado.

Ao ver a cachoeira abriu mais o sorriso e viu um raio grande soltando em cima.Assustou-se dando um passo para traz.

—Achei que eu teria que ir até voce!

Virou-se tão rapidamente e levou a mao na boca para abafar o grito.Ele estava com a cabeça baixa e o chapeu nao dava para enxergar o seu rosto deformado.

—Ela chama Sutherland.—Com o dorso da mao,
tomou cuidado com as laminas e levantou o chapeu.

Amora nao desviou os olhos nem um minuto se quer,mas abaixou a mao levando a altura do corpo.
Ela queria seguir o olhar dele que ia para detras dela.Mas nunca viraria a costa para ele.

—Esta aqui desde de mil novecentos e noventa.
Depois da morte de uma pessoa,ela foi proibida ate mesmo para visitas.

—Era você naquele dia?—Amora perguntou.
Desviando totalmente da conversa afiada dele.

Ele sorriu dando as costas para ela caminhando ate uma arvore.Amora em nenhum segundo conseguiu desviar os olhos dele.O observou com a ponta da lamina matar uma aranha.

—Sim.—Confirmou.—Era eu!Mas eu não te chamei aqui para você me interrogar.

Amora deu um passou,cautelosamente fechou os olhos e abriu em seguida.

—Entao para que me chamou?— Ele virou-se para a direção dela.

—Quero te conhecer!

Por um segundo Amora tentou entender o que ele quis dizer.Ela não entendeu.Abriu um sorriso zombateiro e a apontou para ela mesmo com a ponta do dedo.

—Me conhecer?—Riu sarcasticamente.—Voce é louco?

Dessa vez foi ele que riu.

—Louco,psicopata,sociopata e o que você quiser que eu seja!—Balancou as maos com varias laminas compridas.O barulho de alumínio com alumínio a arrepiou-se e afastou-se.

—Você...

—Vou deixar você ir,quero te dizer que vamos se ver com mais frequência.

Seus passos tornaram-se curtos para aproximaram-se de Amora que pensou recuar,mas nao sabia para onde correr ou ir.Ele conhecia aquela floresta como a palma da mao.

—Pode ir!—Sorriu.Aquele contato visual ,tornou-se fixo no silencio.Apenas o barulho da cachoeira tomava conta do lugar.Os lábios carnudos de Amora ficaram eretos.

Ela desviou-se passando por ele e segurou na arvore quando sentiu a pernas bambas.A aranha morta ainda estava ali.Amora girou a cabeça para olha–lo pela última vez naquela tarde.A cabeça dela estava deitada de lado olhando para algo fixo no chão.Seus dois ombros estavam na lateral do corpo e aquelas armas perigosas balançavam lentamente.

Deu um passo,em seguida outro e outro.Abriu um leve sorriso mesmo nao querendo.

O que acabou de acontecer?

Capítulo 6

A história de Freddy Krueger(Revisando para continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora