Dia 171
Acordei ainda com o gosto da luta do dia anterior. Arrumei minhas coisas (três livros e um saco de pergaminhos com um monte de mapas, cartas comerciais e duas magias: Teleporte e Carne em Pedra.)
Fiquei tentado a usar o pergaminho para ir direto para Malpetrim, mesmo sem saber se funcionaria. Pensei mesmo nisso, até ouvir o eco do Norman falando:
“Um mundo melhor para todos é bom para você” Ou algo do tipo...
Lembrei das crianças e fui acordar os outros. Quando os chamei, eles acordaram assustados e demoraram a acreditar no que tínhamos vivido ontem. Só caíram na real quando viram os túmulos onde enterramos os rapazes.
Expliquei meu plano e falei exatamente como faríamos.
Usaríamos o Teleporte, depois os emboscaríamos. Precisaríamos apenas saber onde eles estavam.
Foi nesse ponto que a Dríade apareceu.
“Talvez não precisem adivinhar se puderem enxergar. Dei presentes para serem usados. Anton, cadê sua ocarina? Toque uma melodia que lembre seu grupo.”
Ele obedeceu e um vento ligeiro e quente levantou um redemoinho de poeira e folhas, numa profusão de cores pastéis, ganhando tonalidades até formar ao nosso redor a cena onde nossas amigas e suas crianças eram reféns. Uma fortaleza, uma ponte bem guardada e um rio caudaloso.
“Poderíamos surpreendê-los depois da passagem usando o teleporte.” Falei.
“Por que não segui-los por trás? Pedimos ajuda à guarda do Rio.” Perguntou Talgron.
“Talvez eles também tenham conluio com o Chefe.” Foi minha resposta.
Nos entreolhamos, com as cenas do último forte ainda pulsando em nossas têmporas...
“Senhora, Ainda há alguma ajuda que possa nos dar?” Implorou Flávio.
“Eu tenho ainda alguns contatos... um carvalho que pode ajudar vocês, mas devem se apressar. SE chegarmos a ele antes que o sol se ponha, temos uma chance de mandar vocês para bem depois do rio: uns três dias de viagem à frente de seu grupo. Vocês sabem o caminho que irão tomar?”
Anton se adiantou:
“Ele disse que iria para Malpetrim mas já não acreditamos que ele passe com reféns em qualquer centro civilizado. Há muitos anos viajei por fortuna e pelo que me lembro, há apenas dois caminhos próprios para viajar com crianças e mulheres: a rota direta para Malpetrim e uma outra rota bem abaixo das Uivantes. Ao sul de Luvian.”
Abri os mapas e encontramos um mapa parcial de Fortuna e Lomatubar.
Achamos um braço de rio que se estendia por alguns dias de jornada, cercando o caminho daqueles que atravessavam o Daganir na altura de Ralandar e Asidon.
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Diário de viagem
FantasiaPrimeiro, muito obrigado! Obrigado à @_valentart pela arte da capa! Obrigado, Paulo Alberto, por ler enquanto eu escrevia! Obrigado à você, que leu, criticou, me ajudou a melhorar e continuar escrevendo! Obrigado ao Wattpad, pois aqui tenho col...