2. Never think I'll make you try to stay

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Capítulo dois - Quando você partir, não pense que eu vou tentar fazê-lo ficar.

Gerard sentiu-se aliviado ao entrar em seu apartamento e ver que Bert já havia ido para casa, não queria questionamentos sobre a marca vermelha em seu pescoço ou o por que de estar andando um pouco torto. A verdade é que Frank acabou com ele, aquele homem sabia o que fazer.

Jogou-se na cama pensativo, qual era o próximo passo? Se sentir mal? Ele não teve - quase - nenhum arrependimento da noite passada, apesar de reclamar da dor em seu quadril e traseiro, foi ótimo. A dor era apenas um lembrete do havia feito.

Seu corpo tremeu quando lembrou da forma bruta que Frank o segurou, das carícias bem-vindas, dos gemidos roucos rente ao seu ouvido. Ele ficou surpreso quando acordou e viu o outro fazendo café-da-manhã, a naturalidade depois de tudo. Agradeceu por isso, nunca saberia como agir depois de uma noite de sexo com uma pessoa que conheceu há uma semana. Não era algo que ele tinha costume.

E ainda assim, não pareceu estranho acordar ao lado de alguém que não fosse Bert. Ou como gostou do beijos que Frank deixou em seu ombro. Adorou aquilo tudo!

Seu celular vibrou com uma nova mensagem do dito cujo, Quando podemos nos encontrar de novo? Sorriu e respondeu, Que tal no sábado?

Perfeito pra mim.

O rapaz mordeu os lábios pensando no que fariam.

(...)

Quarta-feira chegou e isso significa noite de filmes com Bert. Seu namorado apareceu com um buquê de flores e diversos chocolates, Gerard teria pulado em cima dele e o enchido de beijos se fosse ano passado.

Atualmente, ele só agradeceu com um beijo na bochecha do outro. Óbvio que gostava de ser mimado e receber presentes mas, era só isso. Não tinha um coração batendo mais rápido ou uma felicidade contagiante, era só aquilo.

Eles sentaram no sofá em um silêncio desconfortável, Gerard não tinha nada para falar - bem, ele tinha, mas, contar sobre uma traição não parecia adequado - e Bert estava um pouco deslocado com a forma que seu namorado o tratou. Duas pessoas distantes, ainda que tão próximas. Bert o olhou de soslaio, o cenho franzido e concentrado em escolher o filme, apesar de que havia algo de diferente nos olhos verdes.

A situação era tão desconfortável que o menor barulho feito no sofá deixava tudo mais constrangedor. Ambos pareciam paralisados, Bert mais do que Gerard. Na verdade, Way aparentava está muito bem, arrisco dizer que está de bom humor.

O filme escolhido foi Psicose, é a terceira vez no mês que assistiam aquele filme. Gerard é um fã dos clássicos do cinema, mas Bert desteta Psicose - o filme, atuação, diálogo. O mais velho revirou os olhos enquanto suspirou.

"Algum problema?" Gerard perguntou em um tom sonso.

"Psicose é o problema. Por que você sempre escolhe esse filme? Sabe que eu não gosto!" Gesticulou irritado.

"Porque é bom." Deu de ombros como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, ele sabia que estava irritando o outro e não se importava com isso. Queria irrita-lo o máximo que conseguisse e nem sabia o por quê.

Bert estava perdendo a paciência com o namorado, era algo tão bobo discutir por isso que soava patético. Porém, fazia alguns meses que Gerard tentava o tirar do sério e agia dessa forma irritante. O rapaz tinha completa consciência de como Bert odiava quando dava de ombros.

Os dois ficaram quietos esperando quem começaria, assim que é o relacionamento deles. Qualquer coisinha virou motivo para uma discussão que sempre acabava com o mais velho indo para casa e o outro tremendo de ódio.

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