Seis

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Camille

-- Bom dia dona Marina-- digo sorrindo pra ela.

-- Bom dia menina. Está muito linda-- diz com um sorriso gentil.

-- Obrigada. Eu vim deixar essas planilhas-- digo entregando a ela.

-- Obrigada minha querida-- diz com um sorriso-- O senhor Berrow está te olhando-- susurrou.

-- Ele que olhe-- respondo susurando também-- Agora já vou, preciso voltar ao trabalho-- beijo a sua testa-- Até depois Marina.

-- Até minha menina.

Viro sainda da mesa dela e encontro o Richard ainda no mesmo lugar, passo por ele sem olhar muito. Estou quase chegando no elevador Quando ele me chama.

-- Camille-- me chama e eu paro no mesmo lugar virando pra ele.

-- Sim senhor?-- pergunto olhando pra ele.

-- Está tudo bem?-- me pergunta mas o seu rosto não expressa nada.

-- Estou muito bem porque?-- pergunto confusa.

-- Não sei, está muito estranha.

-- É só impressão sua-- digo virando de costas pra ele e respiro fundo sem aguentar mais fingir que ele não me afeta.

-- Não quer almoçar comigo?-- Pergunta me deixando surpresa.

-- Está me chamando pra almoçar?-- pergunto incrédula, virando pra ele de novo.

-- Sim. Não é nenhum pedido de namoro-- diz fazendo o meu sorriso murchar.

-- Aceito almoçar com você-- digo voltando a sorrir.

-- Podemos ir agora?

-- Eu preciso ir ao meu sector-- digo sem controlar o sorriso.

Vou até o sector administrativo sorrindo que nem uma maluca. Quando cheguei todos já estavam arrumando as suas coisas pra poder ir almoçar.

-- Quer almoçar com a gente florzinha?-- pergunta Raul enquanto desliga o computador.

-- Eu... Eu vou almoçar com... o Richard-- digo gaguejando e todos me olham.

-- Vai almoçar com o monumento do pecado de novo?-- pergunta Laura-- Eu perdi alguma coisa?

-- Não. É só um simples almoço-- digo na tentativa de convencer a todos.

-- Eu já estou pronta-- diz Aila saindo da sala dela.

-- Podemos Sim-- diz Deise.

-- Você vai com a gente?-- Pergunta Aila.

-- Ela vai almoçar com outra pessoa.-- o fofoqueiro.

A Aila parece adivinhar quem é essa pessoa porque me lança um olhar estranho. Uma mistura de vários sentimentos, pena, tristeza e angústia. Eu já estou convencida de que oque a Aila disse é um simples engano.

-- Vamos eu estou com fome-- diz Deise que parece estar a lheia a troca de olhares entre eu e a Aila.

Eles se despedem de mim e vão até o elevador. Fico na minha mesa sem perceber alguem saiu do elevador. Só sinto um cheiro que sei exatamente de quem é, por isso viro e olho o Richard que me olha de baixo pra cima sem expressar nada.

-- Oi-- digo enquanto ele se aproxima de mim e fica na minha frente.

-- Olá-- diz me encurralando entre ele e a mesa.

-- Podemos ir-- digo suspirando.

-- Pra quê tanta pressa?-- pergunta enquanto cheira o meu pescoço me fazendo arrepiar. A atmosfera do ambiente mudou de repente, é como se fosse o efeito Berrow.

BERROW - As Voltas Que A Vida Dá EM ANDAMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora