ᴠ. ᴏ ᴄᴏʀᴘᴏ

341 46 20
                                    




𝙉𝙤𝙚𝙣 𝙀𝙪𝙗𝙖𝙣𝙠𝙨

Haviam se passado alguns dias desde o ocorrido da casa, o qual finalmente conheceu Aurora. O dia do baile estava próximo, a cidade inteira estava com cartazes de busca pela garota sacrificada na Missa Negra, e o resto continuava conforme tinha que ser.

Noen se olhou no espelho, tinha uma reunião importante hoje na Wright Company, uma das grandes lideres de mercado financeiro e também uma forte participante da seita o qual ele também fazia parte e liderava. Todos que o conheciam o temiam, e queriam saber o que ele tinha a dizer. Isso era sensação de poder, e nada para Noen Eubanks parecia melhor que dominar e ter tudo em seu controle.

— Sempre pontual! — Disse Anzel, se apoiando no batente da porta.

— Odeio atrasos mais do que odeio pessoas.

— Acho que odeia ambos ao mesmo nível, Senhor.

Anzel deu um sorriso de canto, debochando do que dissera, mas já estava acostumado com o comportamento de seu colega desde que o conhecera. Era traiçoeiro demais, falso demais com a maioria das pessoas e fingia expressões como ninguém, era o que Noen costumava denominar, como o resto da sociedade, de sociopata.

Deu uma última ajeitada no cabelo que estava para trás, eram tão loiros e lisos como uma seda, naturalmente por ter herdado a beleza da qual seu Pai costumava ter. Desceu as escadas e pegou as chaves do carro, tirando da garagem e dando partida ao seu destino. Odiava reuniões em que tinha que ouvir o que os outros tinham a propor e dizer, mas adorava as que ele se impusera a falar.


❦ ❦ ❦


Após um dia agitado e cansativo demais, Noen largou Anzel na casa do cardeal e rumou com o carro para a sua. Aproveitou para comprar o terno para o baile da escola, tinha que estar elegante e bonito, o que não era muito difícil quando se tratava do filho do próprio Diabo.

Ao estacionar o carro em frente ao seu grande casarão, vira uma pequena e delicada garota segurando uma sacola com roupas em mãos, com aqueles cabelos ruivos que eram notados há quilômetros de distância, a tornando tao única quanto seu nome e rosto. Lá estava Aurora, apertando mais uma vez a campainha, balanço a perna de uma forma irritada pelo nervosismo de ver o garoto novamente.

Noen sorriu, saindo do carro e abrindo o portão, fazendo com que a atenção da jovem se voltasse a ele, e consequentemente, mais nervosa do que antes. Noen subiu as escadinhas até a entrada, calmamente o suficiente para poder olhar para ela de cima a baixo como na primeira vez em que se viram.

— Senhorita Evans, presumo que tenha vindo devolver minhas roupas — Sorriu, com a maldade nos olhos.

— S-sim, desculpe aparecer assim, tive um tempo livre durante esse fim de tarde então achei melhor devolver-te logo seus pertences! — Respondeu, com as bochechas coradas.

Noen deu de ombros.

— Quer entrar? — Olhou em seus olhos, usando sua arte de induzir as pessoas apenas pela forma como as olhava.

— Não acho que seja uma boa ideia, mas obrigada pelo convite! — Ela foi um tanto quanto ríspida em sua resposta.

Aquilo fez Noen questionar o quão diferente ela ainda poderia ser, e mais ainda afirmar o motivo de seu Pai tanto a querer morta. Ela não caia tanto aos encantos dele, ou pelo menos não mais como na primeira vez. Podia sentir o fogo queimar dentro dela, mas uma chama totalmente diferente da que ele tinha, ela tinha alma, afinal. Ela era alguém. Muito especial e perigosa.

Como Dizer Se Seu Namorado For o AnticristoOnde histórias criam vida. Descubra agora