O papel de comandar um império Benjamin de Salvatore Beruth exerce muito bem. Aos seis anos foi resgatado da rua e treinando para dirigir a Frash, uma das maiores máfias da Itália.
Durante muito tempo teve tudo sob total controle, até a chegada de...
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Olhou-se no retrovisor arrumando a gravata, desceu do carro, entregou a chave ao manobrista e sentiu flash em seu rosto. Os paparazzis, fotógrafos e jornalistas estavam todos prontos para registrarem o momento da entrada de cada um no jantar da noite.
Era um evento beneficente onde alguns empresários e homens de patamar alto se reuniam e doavam algum valor para obras de caridade. Benjamin estava na lista. Doaria dinheiro, mas para a noite, tinha outros planos.
O jantar serviria de camuflagem para uma excelente jogada e um ótimo negócio. Encontraria-se com Éric Mury, um juiz que facilitaria a passagem da mercadoria aos portos.
Recebeu o copo de uísque com gelo do garçom e deu alguns passos para o centro. De longe, cumprimentou Éric com um aceno discreto e sentou-se em uma mesa vazia. Sentiu o líquido descer pela garganta, mas assustou-se quando um copo de vidro quebrou-se ao seu lado.
— Droga! — a mulher reclamou.
— Está tudo bem? Machucou? — Benjamin abaixou-se para ajudar a moça que aparentemente estava com o dedo sangrando.
Ele retirou um lenço do paletó e colocou-o sob o dedo ferido, imediatamente ela levanta o rosto e lhe mostra a face mais delicada que ele poderia ver em toda a vida.
— Eu... estou bem... — ela respondeu, se levantando e ele fez o mesmo.
— É bom lavá-lo — diz Benjamin.
— O que? — perguntou.
Ele arqueou a sobrancelha e ela finalmente entendeu do que se tratava. Estava perdida olhando nos olhos negros que Benjamin possuía.
— Ah... o dedo... não, não, está tudo bem, eu irei ficar bem — a fala saiu mais sem jeito que ela esperava.
— Sente-se, vou pedir ao menos um gelo para estancar — conduziu a moça até a cadeira ao lado da sua.
Imediatamente pediu ao garçom uma bolsa de gelo para a moça, que insistia em dizer que estava bem e que ele não se preocupasse.
— Não tem alguém sentado aqui? Não se incomode, eu estou bem — se referia ao lugar que estava sentada.
— Estou a espera de um amigo, mas você pode sentar-se.
— Homem de muitos amigos? — sorriu.
Benjamin tocou as mãos na moça ao colocar o gelo no corte para sessar o sangramento e a dor. Os olhos se encontraram e ele pôde navegar por alguns segundos nos olhos verdes escuros que ela tinha.
— Amigo foi uma palavra muito forte. Apenas negócios — quebrou o contato e respondeu a pergunta dela.
— Como todos por aqui...
— Você também? — questionou.
— Sim. Muito prazer, Melissa Rocco. Sou empresária do ramo automobilístico.