Capitulo 5

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"Eu quero"

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"Eu quero"

As palavras de Laura ainda ecoavam na mente de Benjamin.

A forma como sussurrou e fez com que sua respiração tocasse o rosto de Benjamin resultou em uma noite mal dormida para ele.

Estudou os movimentos dos lábios dela minuciosamente enquanto ela lhe entregava sua vida. A partir dali, tudo iria mudar. A vida de Laura não seria mais a mesma, e por mais assustador que pareça, mudar era o que ela realmente queria.

Logo cedo tomara um banho gelado, à espera de ganhar energia para mais um dia cheio. Desceu as escadas abotoando os botões da camisa social em seu pulso, quando viu Sérgio sentado, com as pernas cruzadas e tomando café na poltrona.

Não era surpresa vê-lo logo cedo na mansão. Fazia isso sempre que podia. Adorava o café de Benedita e também de fazer piadas com o amigo logo cedo. Era revigorante para ele.

— Aconteceu algo? — Benjamin perguntou.

— Acordei com sede do café de Benedita.

Benjamin revirou os olhos e seguiu para a mesa, sentando para se alimentar e vendo seu amigo fazer o mesmo.

— Cadê ela?

— Aqui — Laura mesmo respondeu, finalizando o último degrau da escada e entendendo que Sérgio se referia a ela na pergunta.

Benedita serviu o café da manhã e os três tomaram, em silêncio. Benjamin até preferia. Se acostumou a ficar sozinho e no máximo ter empregados andando pela casa, e não iria mudar seu estilo só por a chegada de alguém na casa.

— Sei que não gosta de mim, Sérgio e é bem recíproco — Laura quebrou o silêncio — Mas estou aqui para servir a vocês e espero que isso não interfira na nossa relação profissional.

Benjamin sorriu de lado pela forma educada e afrontosa que Laura falou. Ninguém tinha costume de sair desafiando Sérgio porque apesar de ser brincalhão com os amigos próximos, ele podia ser o diabo com seus inimigos.

— Eu queria te fazer um pedido, Benjamin — Laura se direciona a ele.

— Faça.

— O meu celular — lembrou que não foi devolvido desde o acontecido.

— Para falar com quem? — Benjamin a olhou.

— É o meu celular, não acha que tenho direito de tê-lo, sem que eu me explique? — afirmou e sua voz soou impaciente.

Ele apenas ignorou-a. Voltou a tomar seu café em silêncio. Para ele, Laura não tinha o direito de falar em outro tom. Depois de perceber que não teria sua resposta, a mulher se levantou e subiu as escadas de volta ao quarto.

— Essa vai ser difícil — Sérgio comentou.

— Vamos para o escritório — chamou o amigo, ignorando o assunto.

O PoderosoOnde histórias criam vida. Descubra agora