01- O menino da rua dos Alfeneiros.

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O menino da rua dos Alfeneiros.

O Sr. e a Sra. Jeon, da rua dos Alfeneiros, n• 4, se orgulhavam de serem bruxos. Eram completamente felizes assim, mas preferiam esconder esse mundo de seu filho Jungkook, ate que recebesse o seu convite para estudar em Hogwarts. 


Os pais de Jungkook eram aurores ou seja, policias do mundo bruxo, mas nunca falavam para o filho no que eles trabalhavam. O Sr. Jeon era um  homem alto e magro, embora tivesse enormes bigodes. A Sra. Jeon era morena e um pouco gordinha, eram pessoas que até podiam ser vistas como trouxas.

Sempre vestiam roupas velhas e surradas de segunda mão, mas isso não deixava a familia se abalar já que eram todos muito felizes juntos, Jungkook tinha dezesseis anos e seus pais ficavam preocupados se o filho iria ou não ter o dom da magia, a carta teria que chegar nesse ano, e céus, não podiam estar mais ansiosos.


A Sra. Jeon entrou na sala trazendo duas xícaras de chá. Não adiantava. Jungkook não aguentava mais o silencio dos pais, pigarreou.


– Hum, hum, Mamãe por que estão agindo assim ultimamente?


Conforme esperava, a Sra. Jeon pareceu surpresa com a pergunta.. Afinal, normalmente Jungkook não poderia suspeitar de sua euforia...


O fato pelo qual escondiam o segredo do filho é que queria que Jungkook tivesse uma vida normal, caso não fosse bruxo o mundo não estaria totalmente acabado para si.


– Não – respondeu ela, seca. – Por quê?


– Bem, pensei... talvez... Deixe quieto. — Jungkook disse baixo enquanto olhava as corujas pela janela, um fato que sempre achou curioso.


Jungkook sempre fora alto, mas era bonito e tinha ombros largos. Mas, parecia mais magro do que realmente era porque só lhe davam para vestir as roupas velhas e surradas por conta de condições financeiras no mundo trouxa, afinal, eles ganhavam com dinheiro bruxo, mas Jungkook por baixo dos tecidos, tinha um corpo sarado. Tinha um rosto magro, cabelos negros e olhos muito pretos. 

Muito mais tarde, deitado no seu quarto, Jungkook desejou ter um pote enorme de doces, suas barrica roncava. Não sabia que horas eram e não tinha certeza se os pais já estariam dormindo. Até que estivessem, ele não poderia se arriscar a ir escondido até a cozinha buscar alguma coisa para comer, o motivo disso é que ele teria que acordar cedo no dia seguinte para ajudar com os afazeres domésticos, e nunca foi de fato agradável para si, mas ajudava a sua mãe com o que podia.


Jungkook acabou por pegar no sono de noite, não havia tido coragem de ir para cozinha e acabou dormindo com seu estomago roncando, acordou com o belo despertador pela manhã e desceu as escadas se sentando na mesa em que sua mãe servia o café.


– Apanhe o correio, amor – disse Senhor Jeon por trás do jornal.


— Jungkook pegue o correio, a mamãe está ocupada fazendo o café. — Disse a mulher enquanto a mesma preparava os ovos.


Assentiu e se levantou da mesa e foi apanhar o correio. Havia três coisas no capacho: um postal de sua tia que estava no Egito, um envelope pardo que parecia uma conta e – uma carta para Jeon Jungkook

Jungkook apanhou-a e ficou olhando, o coração vibrando como um elástico gigante. 


Ninguém, jamais, em toda a sua vida, lhe escrevera. Quem escreveria? Ele não tinha amigos, nem outros parentes – não era sócio da biblioteca, de modo que jamais recebera sequer os bilhetes grosseiros pedindo a devolução de livros. Contudo, ali estava, uma carta, endereçada tão claramente que não podia haver engano.


Sr.J. Jungkook
Rua dos Alfeneiros 4 Little Whinging - Surrey


O envelope era grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde-esmeralda. Não havia selo. Quando virou o envelope, com a mão trêmula, Jungkook viu um lacre de cera púrpura com um brasão; um leão, uma águia, um texugo e uma cobra circulando uma grande letra "H".


– Anda depressa, Filho! – gritou seu pai da cozinha. – Está fazendo o quê, procurando cartas-bombas? – E riu da própria piada.


Jungkook voltou à cozinha, ainda de olhos fixos na carta. Entregou a conta e o postal ao pai, sentou-se e começou a abrir lentamente o envelope amarelo.


– Amor!– exclamou Sra. Jeon de repente. – Jun recebeu uma carta!


Jungkook ia desdobrar a carta, escrita no mesmo pergaminho grosso que o envelope, quando seu pai a arrancou-a de sua mão e pulou animado ao ver o brazão da grande escola de magia e bruxaria.


– É minha! – disse Jeon, tentando recuperá-la.


— Eu sei, e estamos tão orgulhosos de você filho. — Disse a mulher com lagrimas nos olhos, era uma grande felicidade para toda a familia, economizavam dinheiro para poder pagar os estudos do filho.


– Jungkook, você é um bruxo. — O pai de Jungkook disse seriamente ao filho que o olhou assustado. — Eu e sua mãe esperamos tanto por esse momento e estamos felizes que finalmente tenha chegado.


– Eu sou o quê ? – ofegou Jungkook. 


– Um bruxo– repetiu seu pai, recostando-se na cadeira, que gemeu e afundou ainda mais — e um bruxo de primeira, eu diria, depois que receber um pequeno treino. Com uma mãe e um pai como os seus, o que mais você poderia ser? E acho que já está na hora de ler a sua carta. O pai de Jungkook estendeu a ele o envelope amarelado, até mesmo parecia ser antigo, Jeon tocou com cuidado no envelope e o virou podendo olhar mais uma vez para o endereço. Rua dos alfeneiro, a sua vida sempre foi cheia de segredos e tudo parecia fazer sentido naquele momento.



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Hogwarts Mystery {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora