1ºCapítulo

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Na tradição Africana diz se " se tu és pai, nunca se questione em relação a educação dos seus filhos, apenas deixe os ir e se eles chorarem e forem embora tristes, saiba que educou sim, caso isso não aconteça... Eles sequer voltarão" e bom... Eu estou triste somente por ter deixado a minha irmã, porém tinha que ser assim.
Nada mais prendia me em África, a não ser minha mãe e minha irmã, minha mãe morreu e minha irmã eu não pude levar, vou com o coração na mão por conta disso... Sou obrigada a sair dos meus pensamentos quando oiço uma voz forte dizer:

Xxx:Sei seduto al mio posto, per favore vattene!_ franzi o cenho sem perceber uma palavra sequer_ ohh cazzo... vattene_o homem volta a falar alguma coisa que não consigo perceber, parece italiano, continuo sentada e sem perceber nada.

-  Mi desculpe, não percebo nada do que diz_ o homem olha me e revira os olhos, com isso percebi que ele entendia o que eu dizia_  você não fala minha língua?_antes que ele respondesse, uma comissária de bordo para ao lado do homem.

_ sente-se por favor, já vamos... _ a mulher foi interrompida _ Sarei già seduto se tu fossi abbastanza felice da informare questa donna che questo è il mio posto_ falou o homem num tom meio alterado.

_ mi desculpe senhor, vamos resolver o seu problema já_ela disse_ senhorita, o senhor fontana pede para que a senhorita saia pois está ocupando o seu lugar_ franzi o cenho e levantei me do acento que fica ao lado da janela, deixei que ele entrasse, sentasse e sentei me no acento ao seu lado e finalmente olhei pra o rosto do homem e é lindo deve ter uns 29 ou 30 anos, bem mais alto que eu, branco, cabelos desorganizados, usava óculos de leitura e digitava algo em seu celular.

_Hai bisogno di qualcosa?_ assusto me com sua voz... Justamente por saber que talves tenha olhado pra ele por muito tempo e ele tenha se sentindo incomodado _ não percebo sua língua_ respondo e ele apenas pega no seu celular e volta a mecher nele, a viagem será longa... E pelos visto o meu vizinho de cadeira não está interessado em conversar...bom, até mesmo porquê não seria impossível ter uma conversa com ele, por não falar sua língua, assim sendo o melhor a fazer seria focar me no meu livro de Mia Couto, é um escritor Moçambicano.

_devia aprender novas línguas senhorita..._ o homem ao meu lado diz num tom de voz tão calmo que faz me ficar pasma, tanto com a calma repentina e ainda mais por ter falado em inglês sendo que todas a palavras proferidas antes foram em italiano.

_Fayola Adisa_ digo ainda um pouco atordoada _ porquê eu devo aprender se até mesmo o senhor que já sabe, não quis usar nem mesmo quando precisou?_ só depois de ter dito o que disse é que apercebi me da  resposta um pouco agressiva embora tenha dito no mesmo tom calmo que ele e ele simplesmente olhou para mim e manteve-se calado e voltei a focar me no livro que se tornava cada vez mais interessante.

Depois de algum tempo uma comissária de bordo perguntou o que gostariamos de comer ou beber , claro depois de dar-nós as sugestões, e eu pedi uma fatia do bolo de chocolate e um copo de sumo de cerejas.

_ poderia trazer um cinzeiro ou um pires?_ o homem ao meu lado que por mais incrível que pareça eu ainda não sei o seu nome, simplesmente olhou me seriamente.

_Não pode fumar aqui, é ignorante ou não sabe? _ ahh esse homem está brincando com comigo só pode...Estou a ponto de explodir, porém vou manter a calma.

_ eu não fumo_ digo e ele olha me estranho, ele é tão estranho, a arrogância que ele tem deixa ele com um ar mais charmoso, gostoso e.... Ops não pense nisso Fayola, não pense, não pense, pergunto me em que área o um homem como ele pode trabalhar, é muito interessante para ser um simples médico como eu, ou até mesmo um político... Bom o que ele é eu não sei mais que é lindo, é lindo! _ qual é seu nome? _ ouso perguntar.

_ Matteo Pietro Fontana, prazer_ uhm então Matteo é seu nome, interessante!

_ No meu país não existe Matteo, é simplesmente Mateus e também não há pietro, seria pedro_ digo na tentativa de criar conversa e vejo a comissária vir com o  pires que pedi.

_percebo e acho que é normal, não acha senhorita Fayola Adisa, não falta nada?_ ele diz então eu recebo o pires e retiro o meu pote de amendoins torrados da mochila/bolsa e vejo que ele olha admirado para o meu potinho de amendoim e dá um leve sorriso.

_ falta sim, é Fayola Adisa Dalji _ falei dando um sorriso que só mi apercebi depois de ter feito, foi algo involuntário, abri o pote, despejando um pouco no pires e estendi o mesmo na direção dele pra que tirasse alguns e ele negou, insiste fazendo gestos para que ele tirasse alguns amendoins_ é muito bom vá lá _  ele olhou pra mim revirou os olhos e finalmente tirou os amendoins colocando na boca olhei a sua expressão facial enquanto ele comia e franzia o cenho não sabia se era por ter gostado ou por não ter achado graça neles, mas eu amo amendoins torrados_  é bom, não é?_ ele simplesmente dá de ombros e fica em silêncio, que escroto.
Depois de algum tempo eu adormeci e acordei com alguém chamando me.

_ acorde senhorita Fayola_ disse Matteo_
Perché mi preoccupo ancora di svegliarla(porquê  preocupo me em acordá-la)_ oiço o piloto dizer alguma coisa e Matteo dizer outra em italiano que não percebi nada novamente.

_ o que disse?_perguntei.

_ que vamos aterrar.

_chegamos?_ faço outra pergunta.

_No, ecco perché atterreremo( não, é por isso que vamos pousar) _mais uma vez ele diz algo que não percebo mas ignoro.

Finalmente!!!


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Brilho Negro_ Fayola Adisa DaljiOnde histórias criam vida. Descubra agora