HOGWARTS, 1996.
Malfoy teve uma noite difícil, resultando em reviravoltas pela cama, colocar e tirar o lençol e muito mais. Sabia que aquilo era resultado do que havia acontecido durante o dia anterior. Claro que Malfoy como, um jovem já no auge da puberdade, já havia experimentado algumas experiências, mas talvez pensar em Harry Potter tivesse mexido com seu interior, arrancando de dentro do pobre coração tão maltratado uma luxúria inexplicável; era como um odor que invadia suas narinas quando estava no mesmo ambiente que o outro, mesmo que de longe. Era cheiro de desejo adolescente.
A aquela altura o pobre garoto estava tão confuso consigo mesmo que pediu perdão, pensando se era pervertido. Mas de repente também pensou. Pensou se aquilo se passava pela cabeça de Harry, ou quem sabe, todos os meninos daquele dormitório (agora vazio) e...todas as meninas? Elas também?! ─ Draco enfiou os dedos entre os cabelos desesperado, seria normal sonhos como aqueles?
Logo depois, não se sabe quando, caiu em um longo e pesado sono, mas dessa vez, tranquilo e sereno. Talvez Malfoy tivesse sonhado com o mar, que não se preocupava com toda a onda que cai...
[...]
─ Malfoy? ─ levantou a cabeça, uma garota, que Draco desconhecia, estava estendendo a ele algumas cartas, então se deu conta de que era o correio da manhã, talvez a coruja tivesse errado de mesa ou algo assim ─ boa sorte ─ ela deu um pequeno sorriso levantando o punho fechado como força. Malfoy ergueu a sobrancelha se perguntando o que a garota quis dizer, mas arregalou os olhos em seguida, retirando o cartão vermelho-vivo e mordeu os lábios por dentro. ¹Um Berrador.
Virou a carta com as mãos trêmulas e leu: "Sr. Draco Lucius Malfoy", virando novamente logo em seguida e criando coragem, finalmente abrindo o lacre. No mesmo instante a carta voou de suas mãos, se elevando e abriu o berreiro:
" Draco Lucius Malfoy! Como ousa faltar a sua reunião familiar anual? Sabe que é seu dever como um puro-sangue permanecer diante e apresentável a toda e qualquer visita! Assim como é seu dever como próximo patriarca da família estar observando os passos de seu pai e projeta-los futuramente.
Estou totalmente decepcionada. Espero que não esteja tentando nada como nossos incitáveis parentes que tentaram destruir a honra da família. Um cachorro sujo, uma traidora e um Queer. Você sabe quais serão as consequencias de andar fora da linha e que após o verão voltará para casa e se portará como o homem que foi criado para ser.
É com muito desgosto que desconvido-o para o Natal. Passar bem" ─ A carta se autodestruiu, milhões de pedacinhos caíram na mesa, bem em cima da sopa de abóboras do garoto, que se encontrava pálido e estático.
Erguendo os olhos, notou que todos os poucos alunos que sobraram estavam o encarando, mas desviaram ²avidamente o olhar quando repararam que o outro estava atento novamente, sussurrando entre si e dando garfadas tensas. Harry também estava encarando Draco, com a testa franzida, mas como de costume ele não desviou o olhar, apenas continuou com a indecifrável feição fechada.
Draco se sentiu péssimo. Sentiu a humilhação tomar conta de si, então ele misturou aqueles pedaços de papel na sopa e engoliu todos.
Um por um.
[...]
Malfoy se escondeu na biblioteca o resto do dia, se afundou na poltrona e ali ficou, com um pedaço de insanidade rondando sua cabeça. Depois de fazer, escondido de todos, estudo dos trouxas ele se deparou com algo que gostou muito: Filosofia & Literatura. Realmente havia cativado o menino de uma forma surreal. Palavras poderosas e cheias de significado. Então Draco estava com seu mais novo passatempo: Mente vazia, oficina do Diabo.
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THE DIARY, drarry | ✔
Fanfic+ Um jovem tímido passando por dificuldades se esconde em seu próprio mundo até conhecer o garoto de olhos verdes, e achou que o ajudaria a viver novas experiências. Quando na verdade só o trouxe mais um problema. Embora esteja feliz nessa nova fase...