Escuto o vai e vem das pessoas, algumas estão rindo e outras conservando sobre como vai ser o filme que vão ver, já eu estou aqui segurando a mão da Ana enquanto ela decide qual doce vai comer.
Ana: Esse aqui – sorri para ela – Vamos? – lhe dei um beijo no pescoço.
Thiago: Eu estou aqui pensando – ela me olhou – Que tal se vemos um filme que ninguém quer ver?
Ana: Ai não teria graça – ri do seu jeito – Você é bem esperto – ela riu divertida – Mas não – olhei torto pra ela – Tô louca pra ver esse filme!
Thiago: Eu tentei – levantei as mãos desistindo – Vamos!
O filme começou e eu não prestei atenção em nada, Ana olhava interessada e ela estava linda com o seu óculos. A verdade era que ela estava muito mais interessante.
Suas caras e bocas eram bem engraçadas, ela era como um lindo por do sol. Lindo e intenso, ela se virou pra mim e fez uma careta.
Ana: Está prestando atenção? – fiz que sim com a cabeça – Viu que lindo?
Thiago: Sim muita linda mesmo – ela negou com a cabeça e se encostou em mim para ver o filme – Te amo – ela me olhou intensamente e me beijou de uma forma doce.
Ana: Eu te amo muito mais.
Ficamos lá, ela vendo o filme e eu vendo ela, eu estava hipnotizado com sua beleza e seu jeito doce, Ana estava cada dia mais linda.
Depois do filme, saímos para dar uma volta.
Ana: Você não prestou atenção em nada – ela disse emburrada.
Thiago: Prestei sim.
Ana: E o que acontece no final? – tentei lembrar – Viu – ela ria.
Thiago: você estava muito mais interessante – me aproximei dela – Que tal uma volta no parque?
Ana: Acho perfeito.
Abracei ela e fomos em direção ao parque, eu podia sentir o seu perfume e um sorriso me invadiu. Quantas vezes eu sonhava com isso. O dia estava lindo e em pouco tempo teria o por do sol.
Ana: Lembra quando éramos mais novos e amávamos andar pela Fazenda? – sorri ao me recordar – Sua mãe sempre dizia que íamos sumir de tanto que andávamos.
Thiago: Lembro – dei um sorriso nostálgico – Você já é magrinha demais Ana – ela riu da minha imitação – Se continuar a caminhar assim vai sumir.
Ana: Era bem engraçado – ríamos sem parar – Mas eu amava andar pela Fazenda – eu sabia que sim – Me trazia paz.
Eu me lembrava de quando eu a chamava para passear pela Fazenda, ela ficava muito feliz. As vezes íamos falando de coisas completamente loucas e outras vezes não dizíamos nada. Só caminhávamos juntos em silêncio. Ana amava o verde e tudo que tinha ali, para ela que tinha um grande buraco e um vazio na mente, poder ver e fazer parte de alguma coisa a deixava feliz.
Mergulhamos em um silêncio gostoso, de mãos dadas caminhávamos a observar como a vista do parque era linda. Parque esse que sempre gostávamos de vim.
Ana: Thiago – a olhei – Acha que meus pais vai me aceitar?
Thiago: Claro que sim Ana – paramos perto de um banco – O que te preocupa?
Eu sabia que o fato de estar próxima de se revelar estava mexendo com ela. A chamei para sentarmos no banco e a olhei carinhoso.
Ana: Eu fico pensando que eu mudei muito – eu a escutava com atenção – Não sou mais aquela Helena.
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Déjame dicerte
RomanceMinhas últimas palavras são Volta por favor Se você guardar rancor Eu não tenho pressa e eu sempre estarei te esperando Sempre estarei te buscando Só me diz meu amor Que ainda existe esperança pra nós dois