Capítulo 9

3.5K 157 13
                                    


Ele se afastou por um momento.

- Acha mesmo isso uma boa ideia?

- Sim – afirmei convicto.

- Então tudo bem.

Ele me laçou pela cintura e me beijou sensualmente de forma bastante natural. Deliciei-me ao sentir os seus lábios e o gosto de seu hálito. Sua língua invadiu a minha boa com certa autoridade. Eu girava a cabeça enquanto tentava alcançar a parte mais funda de sua boca. Ele correspondia da mesma forma, formando naquele atrito uma pressão vigorosa.

Depois de muito exercitar os músculos de nossas bocas, paramos de nos beijar e nos encaramos com desejo.

- Era só isso que faltava para nosso sexo ficar completo.

Ele assentiu com um sorriso maroto.

Nas semanas que se seguiram o beijo passou a ser um ingrediente indispensável em nosso sexo. Incontestavelmente, trocar línguas com ele tornou nossa relação ainda mais próxima e intensa. Meu cérebro passou a entender aquele ato não só como algo sexual, mas carinhoso também. Eu me peguei muitas vezes balançado, mas sempre dizia para mim mesmo:

- Nunca poderemos ter nada além de sexo. Primeiro: por uma questão familiar, seria uma polêmica só. Segundo: porque ele já é comprometido com outra pessoa. Terceiro: claramente ele não vê a relação homossexual como uma possibilidade além do sexo.

Mesmo com isso em mente, a paixão continuava me rondando. Eu me derretia com qualquer elogio vindo dele.

Durante uma de nossas transas ardentes. Enquanto eu recebia seu mastro inteiro dentro de mim, com socadas fortes, ele dizia coisas deliciosas ao pé do meu ouvido:

- Como esse seu cuzinho é delicioso. Tão rijo. Tão quente. E agüenta receber tudo sempre. Você me dá muito prazer. Ter você aqui é o maior presente que eu poderia ter.

- Que bom ouvir isso.

- Você quer ser meu?

- Sim. Todo seu.

- Repete.

- Sou todo seu. – Disse, enquanto gemia.

Então ele meteu muito forte em mim até o ponto de ejacular.

Tais palavras só saíam nos momentos de prazer, mas mexiam profundamente com meu ego. Mesmo sabendo de qual esfera ele se referia, meu coração não queria separar mais nada e então consegui tomar consciência de que estava me apaixonando por ele.

Meus simulados do pré - vestibular estavam de mal a pior. Desde que as nossas transas aumentaram em quantidade e intensidade, eu tinha deixado os estudos de escanteio. Só pensava nos beijos e no sexo de Rômulo.

Mamãe entrou em contato com o cursinho e soube do meu rendimento. Com isso me deu sermão e pediu que eu focasse para melhorar.

Repensando em tudo. Resolvi que iria parar de transar com Rômulo. Comecei a experimentar um medo de que aquele sentimento crescesse a ponto de ferrar com a minha vida. Eu não ganharia nada amando - o desesperadamente.

Queria restabelecer meus estudos, afinal estava na capital para estudar e não para dar de forma descontrolada. Eu precisava voltar ao meu eixo original.

No mesmo dia que tomei essa decisão, assim que Rômulo chegou do trabalho o avisei:

- Precisamos parar de transar.

PrimãoOnde histórias criam vida. Descubra agora