Capítulo 16

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Foi pesado para eu lidar com mais aquela rejeição em função da minha sexualidade. Primeiro foi a minha família no interior, agora Rômulo. Tudo em função de uma sociedade hipócrita que vive em função de status e aparência.

Estava decidido a não mais transar com ele. Claro que dava saudade das loucas transas que rolavam entre a gente. A minha mente vez ou outra era invadida por lembranças de prazeres perfeitos e ardentes com ele. Mas eu tinha criado a estratégia de deslocar minha atenção para Gabriel cada vez que isso acontecia. Embora o nosso sexo fosse bem morno, o carinho e companheirismo conseguia superar tudo.

A adaptação na república foi mais leve do que a minha vinda para a capital. Aquela mudança não foi assim tão ruim. Havia ali muitos rapazes passando pelo mesmo momento de vestibular e isso resultava numa troca bem rica de vivências e informações. Com Gabriel, o parque e os motéis acabavam sendo o nosso refúgio de amor, já que na república não era permitido receber visitas.

O ano foi correndo e as provas do vestibular enfim aconteceram. Não consegui passar na universidade Federal, mas consegui a pontuação para a Faculdade particular mais badalada da cidade, já era alguma coisa.

Com isso já resolvido, entrei numa de ficar de pernas para o ar e não fazer mais nada. Precisava de descanso depois de dar duro em ambos os sentidos. Tudo de repente se tornou tão tranquilo que até estranhei. Saía com Gabriel todos os dias. Estávamos sempre a inventar um programa novo para fazer. Tudo na santa paz, até que uma pessoa voltou a surgir em meu caminho. Era Rômulo.

Ele me mandava mensagens todos os dias pelo whatsapp e dizia que queria me ver, eu apenas ignorava. Poderia bloqueá-lo, mas queria exercitar o meu autocontrole, assim o mantinha lá, levando um vácuo atrás do outro. Não me incomodava.

No meio de Dezembro, Gabriel viajou para sua cidade natal para ver os pais e já na primeira semana experimentei um tédio descomunal. Revira-me na cama e mesmo o tendo virtualmente, não era a mesma coisa. Até Rômulo havia parado de me importunar. Mas numa madrugada chuvosa reapareceu querendo marcar algo. E pasmem, queria transar num local público.

- Está louco? Quer transar na rua nesse horário e nessa chuva?

- Sim. Preciso da sua boca me chupando. Não dá mais para agüentar. Eu vivo lembrando.

- Capaz que vou largar o calor da minha cama para fazer isso. Sem falar que estou namorando e ainda não perdoei você por ter me enxotado do seu apartamento.

- Para de drama. Você sabe que eu jamais faria isso se não tivesse problemas plausíveis e muito maiores.

- Tudo bem, mas não poderei ir. Boa noite! – larguei o telefone e me virei de bruços.

Ele então se calou.

Meu coração então voltou a palpitar. Lembrei-me de tudo que a gente tinha vivido e do quanto o seu sexo me fazia falta. Agora com a falta de Gabriel isso ficara ainda mais latente. Então o chamei novamente no celular e combinei de encontrá-lo no lugar que ele havia escolhido.

A chuva se tornava cada vez mais forte à medida que a madrugada caía. Eu sentia na minha respiração o peso daquela loucura irracional. O motorista do uber não trocou nenhuma palavra comigo. Eu agradeci mentalmente. Em momentos de tensão eu gostava de silêncio.

Desci do carro e me molhei um pouco antes de abrir o guarda - chuva. O local era uma viela na região em que Rômulo trabalhava. Não havia nenhum movimento por ali. Com certeza com aquele temporal ninguém passaria. Ele já me esperava bem no meio da estreita rua. Eu me aproximei devagar domando o vento que quase me tirava do lugar. Ele estava encostado na parede. Ao chegar, encaixei meu guarda-chuva no seu e o beijei com fome e forte pressão. Mais uma vez tive certeza: não havia homem mais gostoso do que ele.

- Que bom que você veio. Sabia que ora ou outra iria ceder.

Não quis dizer mais nada. Só o beijei novamente tentando matar o tesão acumulado longe dele. Nossos corpos quentes criavam um contraste poderoso contra o tempo frio daquela madrugada. Senti seu pau pulsar de tão duro a medida que sarrávamos de forma ora intensa e ora suave.

Abaixei a sua calça num arranque, me agachei e me apossei de seu cacete o aparando por toda a extensão da minha língua. Cuspi nele para prepará-lo para o abate. O lambi pelas laterais e forcei meu lábios macios e molhados até a base. Ele ajudava eu engolir tudo, forçando a minha cabeça. Em seguida batia a sua piroca em movimentos repetidos na minha boca aberta com a lingüinha para fora. A minha saliva até escorria pela boca de tanta vontade de mamá-lo que eu estava. Eu girava o meu rosto enquanto engolia até encaixar sua pica na minha garganta. Gemíamos no mesmo ritmo, como se estivéssemos cantando uma música. Fazia questão de deixar minha boca bem molinha para ele sentir meu boquete de forma bem macia. Ele fincava a pica na parte interna das minhas bochechas parecendo que ia rasgá-las e tornava a me pegar pelo queixo e pincelar a pica na minha boca em rápidas batidinhas. Eu mamava com vontade. Minha boca deslizava cremosa em seu pau. Queria que ele sentisse todo o meu desejo. Eu lambia a cabeça do seu pau e ele dizia que eu tinha nascido para aquilo, eu concordava e engasgava com seu membro para ele se convencer ainda mais das minhas habilidades. Ele se masturbava e acarinhava meus cabelos enquanto eu incansavelmente comia o seu pau com minha boca molhada e cheia de tesão. Eu agarrei as minhas mãos em suas pernas para continuar me deliciando com seu caralho. Ele segurava a minha cabeça e o meu queixo ao mesmo tempo em que socava o pau inteiro no fundo da minha garganta. O excesso de saliva com o atrito resultava num barulho líquido. Na sequência ele se curvou e me deu um leve beijinho. Percebi que ele já não agüentava mais se deliciar com a minha boca em seu membro. Queria jorrar.Enquanto as gotas de chuva frias pingavam no meu rosto, eu recebia seu leite quente todo na minha boca. Seus olhos caíram, ele deu um leve sorriso em sinal de alívio. Eu fiquei ali a curtir o seu sêmen amargo, tal qual as doses de uísque que ele apreciava.

O tesão entre nós não tinha terminado. Pelo contrário. Parecia que só estava começando.

FIM


Curiosidades sobre o conto:

A ideia para esta história surgiu na época do orkut, quando existia uma comunidade chamada " Contos eróticos gays". Só que na época eu tinha um bloqueio criativo e nunca conseguia prosseguir na escrita. Anos depois tentei novamente sem sucesso por conta de afazeres como estudo e trabalho. Com a chegada da quarentena vi que era o momento mais propício para colocar tudo no papel. Então consegui concluir. O resultado é o que vocês leram até aqui.

Espero de verdade que tenham gostado.  

Aproveito o espaço para divulgar que disponibilizei a compilação de contos " As transas que eu nunca contei" aqui no wattpad gratuitamente. Está no ar!!!

Me digam o que acharam do conto. Por aqui ou por mensagem.

Abraço a todos...


PrimãoOnde histórias criam vida. Descubra agora