Capítulo 11

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- O que ele fez a você? – Perguntou o mais velho, com um pouco de raiva.

- Meus pais morreram por uma profecia que ele inventou, manipulou minha vida, por culpa dele sofri maus tratos e abusos desde bebê, me envenenou. – Harry disse contando com os dedos, raiva transbordando em seus olhos. – Ele também me colocou muitos bloqueios e compulsões, incluindo nossa ligação de almas gêmeas. - Agora além de raiva, haviam lágrimas contidas em seus olhos, ele lembrava de sua outra vida, quando fora manipulado por todos, a traição de seus amigos... Tudo.

- Você está bem? – Pergunta Tom um pouco preocupado.

- Sim. – Ele passou a mão pelo cabelo. – Antes de ir para Hogwarts, eu anulei todos osmeus bloqueios e compulsões, vim para cá pra te encontrar e me vingar dele. – Falou o menor.

- E como pretende se vingar dele? – Questionou o de olhos azul escuros.

- Vai me ajudar? – Perguntou o bicolor, com um pequeno sorriso.

- Irei. – Respondeu.

- Primeiro vou precisar destruir a reputação dele. – Disse. – Vou precisar que o ministério saiba dos saques que ele faz como guardião mágico, e se não for o suficiente, sei que há muitas crianças em Hogwarts que, como eu, tem ou tinham ele como guardião mágico, preciso que elas contem sobre nunca o terem conhecido antes de Hogwarts, e também é possível que algumas delas tenham sofrido abusos ou coisas do gênero por conta de serem mágicas. – Explicou o menino.

- Além do relato, podemos usar as memórias. – Disse Tom pensativo. – Em geral, só precisamos falar com nascidos trouxas e órfãos, é onde provavelmente mais vão haver casos. – Falou o de olhos azul escuros, praticamente cuspindo as palavras destacadas.

- Eu sei que em algum momento ele vai para Azkaban, mas eu queria que fosse pior, sabe? Lá eles sofrem tortura psicológica, que é a pior, na minha opinião, mas as vezes eu penso em fazer isso com minhas próprias mãos, só não consigo pensar em uma oportunidade. – Um brilho sádico toma os olhos do bicolor.

- Existem magias para fazer isso a distância, mas provavelmente não seria a mesma sensação. – Falou Tom apreciando o brilho no olhar do outro.

- Esse é o problema, será que se eu jogar ele na Sala Precisa e depois de fazer o que eu quiser, colocar um obliviate não seria mais fácil? Seria tão simples, mas eu não sei se ele voltaria vivo. – Explicou observando a calmaria do mar.

- Se ele voltaria vivo? – O de olhos azul escuros arqueia uma sobrancelha com um meio sorriso.

- É, bom... Sabe como o ódio funciona né? – Harry sente as bochechas esquentarem, quem os observasse de longe pensaria que estão falando sobre qualquer coisa, menos tortura.

- Sim, eu sei, mas iremos com calma, vamos ao café? Deve fazer umas duas horas que estamos aqui. – Disse o maior, apreciando a expressão do outro, que na sua opinião era muito fofa, ele não se importaria de o ter como aliado ou amante, provavelmente ele seria bom nos dois.

- Ok, vamos. – Falou o menor se virando e dando alguns passos, então para. – Hey Tommy, aonde fica o café mesmo? – Ele se vira com um sorriso bobo.

- Vem. – Tom vai para o outro lado e logo os dois entram no café, Harry rapidamente pega o cardápio e começa a pensar em qual a melhor opção.

- Olá senhores, o que desejam? – Perguntou a atendente, praticamente babando no de olhos azul escuros.

- Ainda estou decidindo. – Respondeu Harry, sem tentar esconder seu desgosto.

- Por enquanto, só um capuccino. – Tom sorri para a atendente.

Reescrevendo o passado - TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora