BABY

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Alguns dias tinham se passado desde a chegada de Hina e Bailey. Noah e Shivani estavam se preparando para grandes momentos nos próximos dias, os dois amigos, Any e a família Urrea partiriam para suas casas e então o casal finalmente precisaria parar para pensar e agir a, até então, possível mudança para Los Angeles. 

Todos estavam bem empenhados na escolha do nome, eles tinham seus preferidos, mas juravam esperar até o dia do parto para confirmar se tudo se "encaixaria". 

Any decidiu que, para se despedir dos amigos e encerrar de vez o momento difícil e traumático que passaram na ilha, iria preparar um chá revelação para os papais. Mas para isso, teria de ser possível ver o sexo na ultrassom que Shivani faria. E dessa vez ela iria com Noah e seus três amigos. 

A Indiana se sentia cansada e um pouco indisposta naquele dia, não sabia se iria aguentar a ansiedade de esperar mais algumas horas até que Any preparasse as coisas para saber o sexo de seu bebê. O combinado seria que, logo após a ultra no início da manhã, a Brasileira compraria as coisas necessárias e depois do almoço a grande revelação seria feita, como madrinha, não podia estar mais feliz com a responsabilidade que lhe foi destinada. 

Josh, que tinha descoberto a pouco que seria padrinho se sentia mal por não poder estar presente em um momento tão importante. Mas ele prometeu que estaria de prontidão no dia do nascimento. 

Noah estava nervoso e ansioso, uma boa parte disso se dava ao fato das desavenças e apostas que fizeram. Todos acreditavam fielmente que era um menino, ele e Shivani eram os únicos que acreditavam ser uma menina. Como pai de primeira viagem se sentia pressionado a estar certo, deveria conhecer sua filha melhor que qualquer um. Não que ele tivesse uma preferência, seria muito feliz com um garotinho ou com uma menininha, iriam incentivar ambos a cantar, dançar, e é claro, a jogar futebol. 

Bailey e Hina estavam eufóricos, agradecidos pelo tempo que conseguiram passar no país e ao lado dos amigos que tanto sentiram falta. O momento era especial e praticamente um milagre, devido a todos os desafios enfrentados na ilha. O filipino mal conseguia ficar parado na sala de espera da clínica. 

-bailey, se você não sentar e parar de andar em círculos as pessoas vão pensar que você é o pai do meu filho- Noah disse rindo 

-Eu não vou estar preparado para ser pai por pelo menos uns dez anos- May disse

-A gente sabe- any e hina responderam ao mesmo tempo

-Não estou mesmo, precisamos tomar cuidado. Quer dizer eu e jojo- foi interrompido

-Você e Joalin?- Shivani praticamente gritou com um sorriso de orelha a orelha- May seu safado, sua garota realmente vive na Finlândia- ela brincou fazendo-o corar

-Vocês não sabiam que eles estão juntos?- Hina perguntou

-Parece que muita coisa aconteceu nesses meses e alguém esqueceu de nos contar- Noah provocou Any que riu tentando disfarçar a aparente amnesia 

A médica não demorou para os chamar. A consulta de rotina aconteceu entre os pais e foi um pouco demorada, Shivani fez e respondeu algumas perguntas sobre a saúde do bebê e até questionou sobre uma possível mudança de país, viagens de avião e tudo isso. 

Quando a ultra ia começar, o lugar foi liberado para os três amigos. 

Enquanto a médica cochichava baixo com any no canto da sala, os outros se emocionaram com o som do coraçãozinho do neném. 

-Essa é a prova mais que viva que vocês superaram os últimos meses e aquela ilha- Hina disse próxima a amiga 

-E fizeram isso da melhor forma possível- Bailey sorriu enxugando as lágrimas enquanto Noah não soltava a mão de Shivani, muito menos tirava os olhos da tela que mostrava seu filho. 

-Faz tão pouco tempo que fizemos a outra ultra, como ele já mudou. Cresceu, o som do coração está mais forte- a mamãe constatou visivelmente emocionada 

-Você me deu a minha maior felicidade no momento mais difícil da minha vida- o americano disse para que só ela ouvisse, antes de lhe roubar um selinho- Obrigado por isso, por carregar nosso filho dentro de ti 

-Depois que nascer você pode carregar o quanto quiser- disse sorrindo de lado 

-Direitos iguais, os primeiros nove meses são meus

-Acho que vamos precisar fazer um trato quanto a isso- ela sorriu lhe dando mais um selinho e vendo Any voltar, junto a médica e com um sorriso de ponta a ponta. Os dois se olharam. 

-Pela cara dela eu acho que erramos- o moreno falou

-É, acho que é um menino mesmo- ela disse baixo 

-Da próxima vez a gente acerta- Urrea disse roubando-lhe um sorriso maior ainda 

-Vai ter próxima vez, Jacob Urrea? 

-Falei errado, próximas vezes

-Deus proteja meu útero- disse rindo

A lagoa azul - Adaptação noavaniOnde histórias criam vida. Descubra agora